Economia

Trabalhadores defendem manutenção de obras da Petrobras e de empregos

Em protesto, trabalhadores da indústria naval criticam a paralisação de obras causada pela Operação Lava-Jato

postado em 04/03/2015 14:21
Trabalhadores da indústria naval do Rio de Janeiro fazem hoje (4/3) um protesto em frente à sede da Petrobras, no centro da cidade. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, Edson Rocha, o objetivo é protestar contra a paralisação de obras em virtude da Operação Lava-Jato, cujo inquérito apura casos de corrupção que envolvem empreiteiras e a Petrobras.

;Na indústria naval, só em dois meses, em Niterói, já perdemos mais de mil postos de trabalho. Nós estamos preocupados porque as empresas [contratadas pela Petrobras para fazer as obras] estão dizendo que isso não vai parar. Enquanto as licitações e as obras da Petrobras não voltarem, eles continuarão demitindo;, disse.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Alex Santos, o número de demitidos no setor nos últimos meses pode chegar a 10 mil em todo o Brasil. Segundo ele, ontem (3/4), 1,5 mil funcionários da Empresa Brasileira de Engenharia (EBE), que funciona em Itaguaí, no Grande Rio, foram demitidos depois que um projeto de construção de um módulo de plataforma foi concluído e a empreiteira de Cingapura Modec desistiu de construir um novo módulo.

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Para os sindicalistas, a Operação Lava-Jato precisa punir os culpados pelos casos de corrupção, mas não pode servir de motivo para interromper as obras da Petrobras e causar demissões. Os trabalhadores esperam se reunir ainda hoje com representantes da Petrobras e entregar uma carta para pedir que os projetos e as obras sejam mantidos no país.

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