Economia

Depositantes cobram perdas com FGTS nos tribunais; são mais de 50 mil ações

Os processos aguardam despacho do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves

Paulo Silva Pinto, Antonio Temóteo
postado em 19/04/2015 08:05
Os processos aguardam despacho do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves

Com os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) levando uma sova da inflação, milhares de trabalhadores decidiram recorrer ao Judiciário para exigir a mudança na correção dos saldos. Mas não tem sido uma empreitada fácil. As mais de 50 mil ações que questionam o uso da Taxa Referencial (TR) como índice de remuneração do patrimônio, além dos juros de 3% ao ano, estão paradas há mais de um ano. Os processos aguardam despacho do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves. Em decisão monocrática, ele suspendeu a tramitação das matérias que tratam sobre a questão em todos os tribunais do Brasil ; com exceção do Supremo Tribunal Federal (STF) ; enquanto relata um recurso que será apreciado pela 1; Turma da Corte.

Autor do recurso, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo de Pernambuco e Paraíba pede que o FGTS seja corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e não pela TR. A entidade justifica que a Taxa Referencial ficou zerada em vários momentos e impôs perdas ao patrimônio dos trabalhadores. Nas contas do Instituto Fundo Devido ao Trabalhador, entre 1999 e março de 2015, os prejuízos acumulados chegariam a R$ 254,56 bilhões se, em vez da TR, as contas fossem atualizadas pelo INPC.

Gestora do FGTS, a Caixa Econômica Federal requisitou à Justiça que todos os processos sobre o tema fossem suspensos para evitar insegurança jurídica, enquanto a 1; Turma do STJ não julga o recurso do sindicato de trabalhadores de Pernambuco e da Paraíba. O ministro Benedito Gonçalves acatou os argumentos do banco e, desde fevereiro do ano passado, as ações estão paradas.

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