Economia

Número de empresas com funcionários registrados em carteira encolhe 2,5%

O varejo, que foi uma das molas propulsoras da economia nos últimos anos, vive a maior crise da última década

Rodolfo Costa
postado em 04/05/2015 06:05
O varejo, que foi uma das molas propulsoras da economia nos últimos anos, vive a maior crise da última década. Menos rentável do que anos atrás, o setor registrou fechamento recorde de empresas. O número de firmas com funcionários registrados em carteira encolheu 2,5% no acumulado em 12 meses até fevereiro, fato inédito desde 2007, início da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de acordo com a mais recente Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

[SAIBAMAIS]O cenário, tido como desesperador por comerciantes e fatal para o mercado formal de trabalho, é de conhecimento da presidente Dilma Rousseff. ;Ela está assustada. A maioria dos processos é de encerramento de atividades empresariais, alteração contratual de sócios e diminuição de capital;, afirma um técnico do governo. Apenas no primeiro trimestre deste ano, o número desses processos na Junta Comercial do Distrito Federal (JCDF) subiu de 600 para mil por dia.

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O número de empresas que declararam informações para o Caged encolheu 13,68%, passando de 772.076, em fevereiro de 2014, para 666.413, neste ano. Na capital federal, o tombo foi maior que a média nacional: de 25,52% (veja quadro ao lado). A falência de empresas mostra que o comércio começa a empregar menos do que em anos anteriores. ;O varejo está caminhando para um cenário no qual vai demitir mais do que contratar;, afirma Fábio Bentes, economista-sênior da CNC, acrescentando que o ambiente de economia recessiva vai gerar mais desemprego em outras atividades, provocando estagnação ou até queda na renda do trabalhador.

Endividamento

Endividadas e com o orçamento corroído pela inflação, as famílias estão freando o consumo com medo de perder o emprego. Bentes acredita que, neste ano, o varejo não conseguirá sequer empatar com as vendas do ano passado. A CNC revisou, por ora, de 1% para 0,3% a expectativa de crescimento das vendas neste ano, algo bem inferior à alta de 2,2% alcançada em 2014.

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