Economia

Corte de gastos do Orçamento de 2015 pode ser maior, diz Michel Temer

Medida será efetivada se as Medidas Provisórias que alteram as regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários não forem aprovadas

Rosana Hessel
postado em 05/05/2015 06:10

Medida será efetivada se as Medidas Provisórias que alteram as regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários não forem aprovadas
O governo passará por uma prova de fogo, hoje, na Câmara dos Deputados, durante a votação das Medidas Provisórias n; 664 e n; 665, que alteram as regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários. Se as medidas não forem aprovadas, o corte de gastos do Orçamento de 2015, que deve ser anunciado até 22 de maio, será mais duro, afirmou o vice-presidente Michel Temer. ;Se não houver o ajuste, o contingenciamento será muito radical. Se houver, será muito menor;, disse ele, ontem, pouco antes de se reunir com lideranças da base aliada.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse não ter entendido a declaração como um aviso de que as emendas parlamentares podem ser prejudicadas. ;Não acho que seja uma ameaça. Eles têm uma meta (de redução de gastos) e as maneiras de atingi-la são várias. Se não for de uma forma, será de outra;, disse.

Cunha informou que o plenário votará, de qualquer modo, a MP n; 665, que dificulta o acesso ao seguro-desemprego. Ela foi aprovada na semana passada no Senado, mas, como sofreu alterações, retornou à Câmara, onde está trancando a pauta. Quanto à MP n; 664, que restringe as pensões por morte, ele disse que a levará a voto assim que for apreciada na Comissão Especial. ;Se alguém tiver algo contra, se o governo não tiver maioria, que a derrote. Eu não vou ser instrumento de obstrução de nenhuma votação;, disse ele, ameaçando cortar o ponto dos parlamentares que faltarem à sessão.

O relator da MP n; 664, deputado Carlos Zaratini (PT-SP), está otimista com a aprovação da medida. ;Fizemos alguns ajustes para atender às demandas dos sindicalistas, mas o texto tem o aval da Casa Civil;, disse o parlamentar. As modificações, como a manutenção dos valores das pensões, reduzirão em R$ 755 milhões a economia prevista pelo governo.

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