Economia

Levy faz esforço desesperado para aprovação de medidas do ajuste fiscal

Na tentativa de evitar o rebaixamento do país pelas agências de classificação de risco, Joaquim Levy disse que as Medidas Provisórias são o primeiro passo para uma "agenda além do ajuste", que ele chamou de "triplo A"

Celina Aquino
postado em 05/05/2015 16:31
Joaquim Levy falou sobre o ajuste fiscal durante reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, continua o périplo nesta terça-feira (5/5) em busca da aprovação das Medidas Provisórias 664 e 665 que fazem parte do ajuste fiscal. Em reunião com deputados e senadores da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), disse, mais uma vez, que é preciso votar com rapidez as medidas de ajuste fiscal enviadas pelo governo ao Congresso Nacional. ;Temos que votar essas medidas que estão no Congresso o mais rápido possível porque elas criam um novo ambiente. É um primeiro passo para o que precisamos fazer para voltar para a rota do crescimento, para o aumento do emprego;, disse.

Levy expôs que as medidas provisórias 664 e 665, que serão votadas ainda hoje no Plenário da Câmara Federal, não retiram direitos dos trabalhadores. Segundo ele, a MP 664 altera normas de pensão e a MP 665 altera as regras do seguro-desemprego, seguro defeso e abono salarial.

;Tem havido um entendimento muito claro de que a gente tem que manter a integridade das medidas. Como sabemos, são medidas que não retiram nenhum direito do trabalhador, mas que, na verdade, consertam brechas que iam até contra os programas;, disse o ministro.


O deputado federal Marcos Montes (PSD-MG), ao sair do encontro, disse ser favorável ao ajuste fiscal e à terceirização, mas não garantiu que a bancada irá apoiar o Congresso. Ele vê dualidade no que a presidente Dilma fala e no que ela acredita realmente. ;Não vamos passar por algozes na sociedade, enquanto o PT, o ex-presidente Lula e até mesmo a presidente Dilma fazem discursos demagógicos contra terceirização;, afirmou.

Joaquim Levy participou no início da tarde de reunião com o vice-presidente Michel Temer, que tem negociado com parlamentares a aprovação das medidas do ajuste fiscal, e com os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Eunício Oliveira (PMDB-CE). No começo da noite terá encontro com os senadores Fernando Bezerra (PSB-PE), José Pimentel (PT-CE) e Acir Gurgacz (PDT-RO).

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