Economia

Barbosa diz que houve consenso no governo sobre contingenciamento

De acordo com Barbosa, os cargos ocupados por pessoas que não são funcionários públicos são minoria

postado em 27/05/2015 19:15
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, declarou hoje (27) que houve consenso com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em relação aos cortes de R$ 69,9 bilhões, previstos no Orçamento deste ano. Na semana passada, quando foi apresentado o valor do contingenciamento, Barbosa conduziu o anúncio, sem Levy, que estaria gripado.

"Nós somos uma equipe econômica. Quando um não pode aparecer, o outro comparece. Houve consenso [no contingenciamento]. É um corte construído por todos os ministérios, não só o Ministério da Fazenda", afirmou o ministro. Barbosa brincou dizendo que a maior divergência entre ele e Levy é que o ministro da Fazenda torce pelo Botafogo e ele pelo Vasco.

Nelson Barbosa deu entrevista após responder a perguntas de parlamentares na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Ele adiantou à imprensa que a portaria a ser publicada amanhã (28), com metas de redução de gastos de custeio, deve prever despesas 15% menores em relação ao projetado. Mais cedo, durante a audiência pública, ele respondeu a críticas dos parlamentares, que sugeriram que o governo diminuísse a quantidade de cargos comissionados e de ministérios para ajudar no ajuste orçamentário. De acordo com Barbosa, os cargos ocupados por pessoas que não são funcionários públicos são minoria.



Segundo o ministro, existem, no governo, de 190 mil a 200 mil cargos de chefia, que só podem ser ocupados por servidores públicos. Os cargos comissionados de fato, de acordo com Barbosa, são 22,9 mil, dos quais mais de 70% são ocupados por servidores. "Teríamos cerca de 5 mil a 6 mil cargos que não são ocupados por funcionários públicos", disse. Com relação ao número de ministérios, o ministro argumentou que a maior parte das novas pastas se originou de secretarias já existentes. "[O governo] pegou secretarias já existentes e transformou em ministérios. Isso significou um gasto adicional muito pequeno da União, no qual o governo optou por incorrer para dar destaque a algumas áreas", disse.

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