Economia

Comissão Europeia propôs solução de último minuto à crise grega

A proposta inclui a aceitação por Tsipras do último plano de reformas dos credores

Agência France-Presse
postado em 30/06/2015 08:57
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, propôs uma possível solução de último minuto ao primeiro-ministro grego Alexis Tsipras para chegar a um acordo com Atenas, informou uma fonte da Comissão. Em uma conversa telefônica, Juncker explicou os aspectos de uma solução de último minuto, afirmou a fonte à AFP.

A proposta inclui a aceitação por Tsipras do último plano de reformas dos credores, apresentado sábado passado, e seu compromisso de apoiar o "Sim" ao plano no referendo do próximo domingo convocado na Grécia.

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[SAIBAMAIS]A solução de último minuto não muda as propostas apresentadas no fim de semana, mas inclui "uma explicação bastante pedagógica do que está sobre a mesa", afirmou a fonte europeia. Um eurodeputado do partido Syriza, Stelios Kouloglou, considerou que "a iniciativa de Juncker deve ser aceita", em uma entrevista a uma rádio grega.

Ele afirmou que os "líderes de todas as bancadas parlamentares em Bruxelas" estimularam Juncker "a retomar as negociações para chegar a um acordo, mesmo que fosse de último minuto".

De maneira concreta, Juncker propõe a Tsipras que envie uma carta "aceitando as propostas de sábado das três instituições" credoras, o Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Monetário internacional (FMI) e a União Europeia (UE) dirigida a ele, ao presidente do Eurogrupo (ministros das Finanças da Eurozona) Jeroen Dijsselbloem, assim como à chanceler alemã Angela Merkel e ao presidente francês François Hollande.

Se Tsipras aceitar a proposta, isto poderia abrir o caminho para a convocação de outra reunião do Eurogrupo para fechar o acordo, afirma fonte.

Na reunião de emergência do sábado passado, o Eurogrupo rejeitou um pedido da Grécia para ampliar o plano de resgate financeiro UE-FMI, que termina nesta terça-feira. A Grécia, sem liquidez, pode cair em default à meia-noite, pois tudo indica que não conseguirá pagar a quantia de 1,5 bilhão de euros que deve ao FMI.

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