Economia

Alemanha diz que não há condições de negociar nova ajuda à Grécia

Em comunicado, o porta-voz da chanceler alemã Angela Merkel, Steffen Seibert, afirmou que resultado de referendo é "rejeição ao princípio que guiou as ajudas aos países"

Agência France-Presse
postado em 06/07/2015 09:19
Berlim, Alemanha - As "condições para negociar um novo programa de ajuda" à Grécia não existem devido à "decisão de ontem dos cidadãos gregos" no referendo, declarou nesta segunda-feira (6/7) o porta-voz da chanceler alemã Angela Merkel, Steffen Seibert.

[SAIBAMAIS]O governo alemão "toma nota do claro ;Não; expressado e respeita este resultado", disse Seibert. "O governo federal segue disposto ao diálogo", mas "diante da decisão de ontem dos cidadãos gregos, não há condições para negociações sobre um novo programa de ajuda", acrescentou.

A votação do domingo no referendo grego significa "uma rejeição ao princípio que guiou as ajudas aos países (europeus em dificuldades), o princípio segundo o qual a solidariedade e os esforços são indissociáveis", acrescentou.

Por outro lado, um porta-voz do ministério alemão das Finanças considerou que "não há motivo" para negociar uma reestruturação da enorme dívida pública da Grécia (quase 180% de seu PIB), algo que o governo de Atenas pede. "Não é um tema para nós", disse este porta-voz, Martin Jager. "Não há razão para nos lançarmos outra vez nesta discussão", disse.



No entanto, a Alemanha afirma que não deseja empurrar a Grécia para fora da zona do euro. "A Grécia é membro da zona do euro, cabe à Grécia e ao seu governo fazer o necessário para permanecer" nela, declarou o porta-voz da chanceler Angela Merkel.

Em relação à renúncia do ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, considerado como um gesto de Atenas em direção aos seus credores - com os quais o ministro mantinha tensas relações -, o porta-voz da chanceler se limitou a dizer que o que conta "são as posições, e não as pessoas".

A chanceler Merkel se reúne na noite de segunda-feira em Paris com o presidente francês para "analisar juntos as consequências do referendo" e "organizar juntos as próximas etapas", segundo Seibert.

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