Economia

Impasse marca negociações de reajuste entre servidores e governo

Ministério do Planejamento analisa propostas alternativas

Vera Batista
postado em 07/07/2015 19:16

As negociações entre o governo e o Fórum dos Servidores passam por impasse. Os servidores rejeitam a proposta do governo de reajuste de 21,3% em quatro anos, até 2019. Já os representantes do governo dizem que é irreal a proposta de 27,3% para 2016. A reunião começou por volta de 17h e ainda ocorre.

Segundo Thales Freitas, Diretor Jurídico do Sindicato dos analistas tributários da Receita Federal (Sindireceita), um meio termo ainda está sendo discutido. Os servidores querem que o governo ao menos aceite a inflação de 2015, que já está acima de 9% ao ano, e também uma proposta para, no máximo, dois anos.


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De acordo com Thales, o Secretário de Relações do Trabalho Sérgio Mendes acenou a possibilidade de uma correção anual caso a inflação supere as estimativas do governo. Essa medida ainda é discutida.

O Presidente da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas (Anesp) João Aurélio de Sousa disse que a entidade apresentou a Mendonça uma alternativa de redução de custos para o governo. A proposta consiste na transferência de cargos comissionados para servidores concursados. Atualmente, são 22 mil cargos de confiança, alguns já para servidores. Normalmente, os servidores que ocupam esses cargos recebem 60% do salário. Com a adoção da medida, o governo economizaria 40% nos salários. A proposta está sendo analisada pelo Ministério do Planejamento.

Segundo o Presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Jones Leal, a categoria não quer ouvir falar nos 21,3%. Ele vai levar as propostas e sugestões apresentadas hoje para discussão com a categoria e serão repassadas posteriormente ao Planejamento nas mesas setoriais específicas, que tratam de assuntos pertinentes a cada carreira diferente.

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