Economia

Renan diz a Levy ter demonstrado 'muita preocupação' com aumento de imposto

"Não falei especificamente contra a criação da CPMF. Falo de acordo com o entendimento geral: é sempre preocupante a elevação da carga tributária", explica

Agência Estado
postado em 27/08/2015 18:18
Anfitrião de um almoço nesta quinta-feira (27/8) com Joaquim Levy, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou ter dito ao ministro da Fazenda que tem "muita preocupação" com o aumento de impostos. Na chegada ao Senado, Renan disse que no encontro não se discutiu a volta da CPMF e sim a Agenda Brasil, pacote de propostas lançadas por ele para conter a crise econômica.

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"Ele (Levy) não tratou da CPMF. As nossas prioridades, da Agenda Brasil, são a reforma do ICMS, a reforma do PIS/Cofins. E disse para ele, mais uma vez, que tenho preocupação com a elevação da carga tributária. O imposto, quando é grande demais, mata o próprio imposto", disse Renan. O presidente do Senado disse que Levy falou no encontro sobre a conjuntura econômica, a necessidade de dar continuidade ao ajuste fiscal e de elencar prioridades para a Agenda Brasil, estabelecendo um calendário de votação das propostas. Segundo Renan, na próxima terça-feira vai haver a instalação de uma comissão para tratar da agenda e, no dia seguinte, a criação de outro colegiado composto por juristas para propor iniciativas a fim de desburocratizar o País.

Questionado novamente sobre sua declaração pela manhã contra a volta da CPMF, derrubada pelo Senado em 2007, Renan recuou. Ele disse não ter falado especificamente contra a criação da CPMF - embora a pergunta feita pelos repórteres tenha sido essa. "Não falei especificamente contra a criação da CPMF. Falo de acordo com o entendimento geral: é sempre preocupante a elevação da carga tributária, a criação de imposto. Prefiro raciocinar pelo corte de despesa, pela simplificação, pelo aumento da base. Dessa forma, o Brasil caminhará melhor", afirmou. Participaram do almoço, além de Renan e Levy, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), e o ministro de Minas e Energia, o senador licenciado Eduardo Braga (PMDB-AM).

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