Economia

Ano fechará com mais de 10 milhões de pessoas sem emprego, diz especialista

Trabalhadores que, até bem pouco tempo, tiravam proveito dos benefícios da carteira assinada agora lutam, na informalidade, para não deixar faltar comida em casa

Rodolfo Costa
postado em 04/10/2015 08:00
Trabalhadores que, até bem pouco tempo, tiravam proveito dos benefícios da carteira assinada agora lutam, na informalidade, para não deixar faltar comida em casa

O desemprego está roubando o sonho das famílias e, pior, jogando fora a dignidade de trabalhadores que, nos últimos anos, puderam, com o emprego formal, satisfazer muitas das necessidades de consumo comuns a qualquer mortal. Sem dinheiro para abastecer a despensa de casa e sem perspectiva de voltarem a ter carteira assinada, que garante uma série de benefícios, a opção tem sido mergulhar na informalidade, sujeitando-se a todo tipo de adversidades, inclusive a violência.

Demitida em fevereiro de um salão de beleza, onde trabalhava como recepcionista, Pâmela Magalhães Costa, 28 anos, tentou o quanto pôde se recolocar no mercado. Bateu em muitas portas, mas nenhuma lhe foi aberta. A opção que lhe restou foi vender panos de pratos nas ruas. Ou era isso, ou as três filhas ficariam sem ter o que comer. Os ganhos do marido, Thiago Alves Thomaz, 24, que é ambulante, não eram suficientes para bancar todas as despesas de casa.

Pâmela conta que, como recepcionista, ganhava R$ 1 mil por mês. Mas a estabilidade que acreditava ter no emprego e a renda do marido, também próxima de R$ 1mil, permitia a família fazer planos. O mais imediato deles, comprar um carro. Mas a demissão, que chegou de forma inesperada, enterrou qualquer chance de melhora de vida. Agora, dependendo das ruas, a ex-recepcionista reza todos os dias para ter o básico que uma pessoa de bem pode ter. ;Meu maior medo é chegar em casa e não ter o que dar de comer as minhas filhas. Eu e meu marido já deixamos de comer para não faltar nada a elas;, diz.

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