Economia

Brasil é país com a maior queda entre economias desenvolvidas e emergentes

As projeções anteriores do organismo multilateral, de julho, eram de queda de 1,5% e de alta de 0,7%, respectivamente

Rosana Hessel
postado em 06/10/2015 13:28
O Brasil foi o país que teve a pior revisão das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) nas principais economias desenvolvidas e emergentes. Conforme dados do relatório ;Panorama Econômico Global;, divulgado nesta terça-feira (6/10) em Lima, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolherá 3%, neste ano, e 1%, em 2016. As projeções anteriores do organismo multilateral, de julho, eram de queda de 1,5% e de alta de 0,7%, respectivamente. No próximo ano, o Brasil só ficará atrás da Rússia que terá retração de 3,8% no PIB.

Essas novas projeções do Fundo refletem uma expansão mais modesta das economias desenvolvidas e uma desaceleração nos mercados emergentes, principalmente, nas nações exportadoras de petróleo, e que o ;santo graal de um crescimento global mais robusto e sincronizado permanece indefinido;. ;Apesar das diferenças consideráveis nas previsões de cada país, as novas projeções refletem um crescimento marginal a curto prazo. Além disso, os riscos descendentes para a economia mundial parecem mais acentuados do que a apenas alguns meses atrás;, disse, em nota, Maurice Obstfeld, o conselheiro econômico e diretor do Departamento de Pesquisa do FMI.



Pelas estimativas do órgão, depois de avançar 3,4% no ano passado, o PIB mundial crescerá 3,1%, neste ano, 0,2 ponto percentual abaixo dos 3,3% previstos em julho. Para 2016, a expectativa de expansão foi corrigida de 3,8% para 3,6%.

A América Latina e o Caribe devem registrar contração do PIB de 0,3% em 2015, dado semelhante ao divulgado ontem pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Antes, a perspectiva do Fundo era de crescimento de 0,5%. Essa piora no desempenho da região, de acordo com o órgão, é puxado pelas retrações do Brasil e da Venezuela, e pela desvalorização dos preços das commodities. Para 2016, a previsão do FMI é de expansão de 0,8% nos países latino-americanos, abaixo da alta de 0,1% estimada em julho.

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