Economia

Regras de reajuste aceleram preços

Para economistas, atrelação de salários, aluguéis e serviços a índices tornam a inflação mais resistente. Proibir vínculo, porém, pode ser a pior alternativa

Paulo Silva Pinto
postado em 06/03/2016 08:01
O aumento da inflação está colocando em evidência um velho inimigo da estabilidade, que atende por um nome difícil, quase um trava-línguas: a indexação. Para economistas ligados ao governo, essa é a razão que impede a contenção da alta dos preços.

Na avaliação dos críticos, porém, a indexação é só um bode expiatório. E a tentativa de eliminá-la, avisam, pode resgatar um mecanismo realmente terrível: o congelamento de preços. É um veneno tão ruim quanto a praga, ou pior. ;Não adianta querer cortar a inflação via decreto;, alerta o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

Indexar é vincular determinado preço a uma índice, aplicando um aumento com determinada frequência. Atualmente, esses aumentos costumam ser anuais. Isso vale para vários contratos, incluindo os de aluguéis, em geral vinculados ao Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).



Há preços que não são vinculados a um índice, mas que mudam todo ano. As contas de luz, água e telefone têm reajustes autorizados por agências reguladoras. Os das mensalidades escolares sobem de acordo com o que as escolas decidem no início do ano. Salários também costumam subir anualmente, em função da negociação entre patrões e empregados. No último relatório de inflação, o Banco Central (BC) destacou que os salários deveriam subir de acordo com a expectativa de inflação em vez de seguir o comportamento dos preços no período anterior.

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