Economia

Risco com recessão leva juros médios ao consumidor a 69,2%

Em março, a taxa média de juros para os consumidores cravou em 69,2%, a maior da série histórica, iniciada em março de 2011, segundo divulgou nesta quinta-feira (28/4) o Banco Central (BC). Em 12 meses, o resultado representa uma alta de 14,8%

Rodolfo Costa
postado em 28/04/2016 11:02
O aumento ao risco aos bancos não para de aumentar. Com o aprofundamento da recessão, mais famílias estão com dificuldades para honrar os compromissos, o que levou os bancos a, mais uma vez, aumentarem as taxas de juros. Em março, a taxa média de juros para os consumidores cravou em 69,2% ao ano, a maior da série histórica, iniciada em março de 2011, segundo divulgou nesta quinta-feira (28/4) o Banco Central (BC). Em 12 meses, o resultado representa uma alta de 14,8%.

A alta dos juros em linhas pré-estabelecidas não foi diferente. Os juros médios do cheque especial foram de 300,8%, resultado jamais observado pelo BC, crescimento de 80,4% no período de um ano. A dos juros médios do rotativo do cartão de crédito ficaram em 449,1%, o maior da série histórica, iniciado em março de 2011. Em 12 meses, mostra um avanço de 103,3%.



A inadimplência, no entanto, manteve estabilidade em relação a fevereiro, a 6,2%. A alta dos juros mesmo em um cenário de estabilidade do indicador de calote mostra que as instituições financeiras estão elevando suas taxas como forma de de proteger os lucros frente ao aumento de riscos em relação ao pagamento de créditos concedidos. Em um cenário em que o Produto Interno Bruto (PIB) pode encolher acima dos 4%, segundo preveem alguns analistas de mercado financeiro, o desemprego vai continuar subindo e menos pessoas conseguirão manter as contas em dia.

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