Economia

Presidente da CAE diz que sabatina de Ilan Goldfajn será no dia 1º de junho

Goldfajn foi indicado pelo presidente em exercício, Michel Temer Antes de assumir, entretanto, ele precisa ser sabatinado e ter a indicação aprovada pela CAE e pelo plenário do Senado

Agência Estado
postado em 25/05/2016 17:37

A presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gleisi Hoffmann (PT-PR), confirmou que fará a sabatina do indicado à presidência do Banco Central, Ilan Goldfajn, na próxima quarta-feira, 1. A senadora realizará uma sessão extraordinária para adiantar o processo.

"Não é meu objetivo como presidente da CAE dificultar a indicação do presidente do Banco Central. Até porque vai ter reunião do Copom em breve e temos que viabilizar para que ele seja sabatinado e possa assumir", disse a senadora. Ela confirmou ainda que o então presidente do BC, Alexandre Tombini, demonstrou que quer se desligar do cargo.

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne em 7 e 8 de junho, quando o colegiado define a taxa básica de juros. Gleisi confirmou o entendimento do Senado de permitir que o novo presidente do Banco Central já tenha assumido até lá.

Sabatina

Goldfajn foi indicado pelo presidente em exercício, Michel Temer Antes de assumir, entretanto, ele precisa ser sabatinado e ter a indicação aprovada pela CAE e pelo plenário do Senado.

Na próxima sexta-feira, 27, o relator da indicação de Goldfajn, Raimundo Lira, vai protocolar o seu parecer. Dessa forma, os senadores da CAE poderão discutir e votar o relatório já na próxima reunião, que ocorre sempre às terças-feiras. Na quarta, a sessão extraordinária será dedicada à sabatina.

Em seguida, é preciso que o presidente do Senado agende a apreciação da indicação pelo plenário. Para acelerar ainda mais o processo, os senadores podem fazer um pedido de urgência.

Críticas

Apesar de Gleisi não se opor formalmente a acelerar a indicação de Goldfajn, a presidente da CAE tem suas reservas com a indicação do novo presidente. Parte da nova oposição, Gleisi vai ajudar a questionar o nome de Goldfajn para o BC.

"Na realidade, ele não é apenas economista do Banco Itaú, ele é sócio também. Então, com certeza, no meu entendimento isso compromete a indicação dele", disse a senadora. Ela disse ainda que, se é exigida uma quarentena na saída do presidente do BC, deveria haver quarentena também na entrada.

A senadora também fez críticas à condução da equipe econômica de Temer. "O conjunto da obra que vemos é uma política altamente fiscalista e pró-mercado. E o BC com certeza vai cumprir um papel importante nisso".

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