Economia

Rodrigo Rollemberg diz que União beneficiou mais Estados que outros

Na quinta-feira (30/6), 15 governadores do Norte e do Nordeste enviaram carta ao presidente em exercício, Michel Temer, e ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reivindicando repasse de R$ 8 bilhões ainda neste ano

Agência Estado
postado em 01/07/2016 13:37
Juntando-se ao coro dos insatisfeitos, o governador do Distrito Federal (DF), Rodrigo Rollemberg (PSB), disse nesta sexta-feira (1/7) que alguns Estados foram mais beneficiados que outros no acordo fechado pela União.

"A negociação dos Estados com a União é por etapas. A primeira foi a renegociação das dívidas, foi um passo importante para recuperar a economia de Estados importantes e efetivamente alguns Estados foram mais beneficiados que outros", afirmou Rollemberg, depois de participar de evento de entrega de moradias do Minha Casa Minha Vida, no Paranoá (DF).

Na quinta-feira (30/6), 15 governadores do Norte e do Nordeste enviaram carta ao presidente em exercício, Michel Temer, e ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reivindicando repasse de R$ 8 bilhões ainda neste ano.



Rollemberg disse que os Estados querem discutir com a União a retomada das operações de crédito para que até mesmo aqueles que não possuem dívidas ou contam com um endividamento pequeno possam se beneficiar e recuperar o equilíbrio econômico-financeiro.

Sobre a ameaça dos governadores do Norte e Nordeste de recorrerem ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja cumprido o tratamento igualitário às unidades da Federação, Rollemberg defendeu o diálogo em vez da judicialização. "O presidente Temer tem demonstrado disposição para o diálogo junto com a equipe econômica", afirmou.

O racha entre os Estados foi provocado não só pelo acordo que beneficia os governos regionais mais endividados como também pelo tratamento dispensado pela União ao Rio de Janeiro, que recebeu socorro de R$ 2,9 bilhões. O governo federal indicou que, depois da aprovação do acordo geral, poderia negociar soluções "customizadas" para os Estados com as situações mais graves, como Rio Grande do Sul e Minas, além do Rio.

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