Economia

Se ajuste fiscal não sair, crise será muito pior, dizem analistas

Analistas dizem que Palácio do Planalto precisa acelerar a aprovação da PEC que limita gastos e a reforma da Previdência para crescimento voltar

Antonio Temóteo, Paulo Silva Pinto
postado em 28/08/2016 08:10


As previsões para a economia brasileira no próximo ano tendem a ser moderadamente positivas, mas estão longe de insignificantes as chances de a situação voltar a piorar. São várias as preocupações dos investidores e dos analistas de mercado: quanto à vontade e à capacidade do governo de enfrentar interesses, consolidando o ajuste fiscal e a aprovação de reformas, como a da Previdência; com relação à continuidade da valorização do real frente ao dólar, efeito colateral da melhora da economia brasileira, que pode adiar a retomada das exportações; no tocante à resistência da inflação, que impede a redução mais rápida da taxa de juros; e, de modo amplo, pelas incertezas no quadro global.

O cenário mundial reúne problemas diversos e até contraditórios. Isso quer dizer que há riscos para o Brasil caso a demanda se recupere e caso a retomada seja lenta. O desafio na condução da política econômica do país é driblar os dois tipos de problemas, assim como um técnico de futebol não deve escolher entre uma defesa eficiente e um ataque forte: precisa das duas coisas.

Um exemplo do que o país e o mundo enfrentam ocorreu na sexta-feira. Janet Yellen, a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), fez declarações em um evento que sugerem a alta dos juros nos Estados Unidos em setembro próximo, antes do previsto, provocando a alta da moeda norte-americana. Isso poderá reduzir a entrada de recursos estrangeiros no Brasil e postergar a redução da Selic, a taxa básica fixada pelo Banco Central (BC), de 14,25% ao ano.

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