Economia

Bolsas de NY fecham em alta com decisões do Fed e do BoJ

A autoridade norte-americana manteve, novamente, os juros na faixa de 0,25% a 0,50% ao ano, enquanto a japonesa continuou com a taxa de depósitos negativa em 0,1%

Agência Estado
postado em 21/09/2016 18:24
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira (21/9), perto das máximas do dia, com os investidores repercutindo as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês). A autoridade norte-americana manteve, novamente, os juros na faixa de 0,25% a 0,50% ao ano, enquanto a japonesa continuou com a taxa de depósitos negativa em 0,1%.

[SAIBAMAIS]O Dow Jones subiu 0,90% e foi aos 18.293,70 pontos, enquanto o Nasdaq fechou em nível recorde de pontos, aos 5.295,18 pontos, em alta de 1,03%. Já o S 500 subiu 1,09% e chegou aos 2.163,12 pontos.



O Fed voltou a insistir que precisa de mais evidências de que a economia norte-americana está crescendo de forma sustentada antes de elevar os juros. Ainda que os investidores não esperassem que a autoridade monetária fosse subir os juros nesta quarta-feira, muitos disseram que a decisão trouxe alívio, já que alguns dirigentes vinham fazendo comentários sugerindo uma alta mais cedo do que a maioria esperava.

"Eu acredito que o respiro observado nas bolsas mostra um alívio do mercado de que nós temos mais alguns meses antes de nos preocuparmos com um aumento", disse Bob Doll, gerente sênior na Nuveen Asset Management. O Fed sinalizou que ainda espera um aperto monetário até o fim do ano, com 10 dos 17 dirigentes apontando o mês de dezembro como forte candidato.

Mais cedo na sessão, antes do anúncio da decisão do Fed, os índices de Nova York vinham apresentando volatilidade, reagindo de forma mista ao BoJ, que não fez alterações na sua política monetária, mas estipulou uma meta para os juros dos títulos de dívida de 10 anos, que deverão ficar em 0%.

"A ação tomada pelo BoJ foi para reduzir a volatilidade no mercado de títulos, que deve dar apoio ao mercado de capitais e causar um efeito cascata no mundo", disse Brian Tomlinson, gerente de renda fixa na Allianz Global Investors. "Acho que eles perceberam que não podem enfraquecer mais o iene, então mudaram o foco para dar apoio aos setores bancário e de seguros", completou.

As ações ligadas a bancos tiveram ganhos com a decisão do BoJ, já que uma curva de rendimentos mais íngreme deve impulsionar os credores cujas margens líquidas de juros dependem da diferença entre as taxas de curto prazo pelas quais eles tomam emprestado e as taxas de longo prazo pelas quais eles emprestam.

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