Economia

Brasil cai para 81ª colocação em ranking de competitividade

É a pior colocação já registrada pelo país, que, desde 2012, já perdeu 33 posições e se distanciou dos demais Brics

postado em 28/09/2016 06:05
O Brasil caiu para a 81; colocação num ranking de competitividade que inclui 138 nações avaliadas pelo Fórum Econômico Mundial. É a pior colocação já registrada pelo país, que, desde 2012, já perdeu 33 posições e se distanciou dos demais Brics ; grupo de economias emergentes que inclui, além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Segundo a pesquisa, o Brasil revela sinais fortes de declínio da produtividade e baixo grau de inovação.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, disse que a recessão econômica, aliada às más condições para abrir e manter uma empresa são os grandes fatores que tornam o país menos competitivo. ;Não houve nenhum avanço no ambiente regulatório e de logística e nas questões tributárias. O ambiente de negócios brasileiro ainda é caro e moroso, porque há muita demora na abertura e no encerramento de empresas, que gastam 2.600 horas por ano, em média, só para pagar impostos;, declarou.

No ranking, o Brasil ficou atrás de Índia (39;), Rússia (43;) e África do Sul (47;). Na América Latina, o país também tem pior colocação do que Chile (33;), México (51;), Colômbia (61;) e Peru (67;). O país mais competitivo, a Suíça, lidera a classificação pelo oitavo ano consecutivo. Cingapura e Estados Unidos ficaram na segunda e terceira posições, respectivamente. O Yemen ficou na lanterna.

A competitividade do Brasil vem caindo desde 2012, quando o país estava na 48; posição. Agostini observou que, em 2011, já havia sinais de enfraquecimento econômico. ;A inflação estava alta, longe da meta, e o PIB já dava sinais de cansaço. Desde lá o país veio se tornando menos produtivo e competitivo. A crise financeira acabou potencializando essas deficiências;, afirmou.

;A inovação é um dos temas mais preocupantes;, disse Ana Burcharth, professora e pesquisadora da Fundação Dom Cabral, que ajudou a organizar o estudo. Nesse quesito, o Brasil passou da 84; posição, em 2015, para a 100; neste ano. Na pesquisa, o país ocupa a 8; posição em tamanho de mercado, mas, nos itens eficiência nos mercados de bens e de trabalho está na 128; e na 117; colocação, respectivamente.

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