Economia

Temer conversará com deputados que foram infiéis na votação da PEC 241

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, minimizou o termo "traição", porém, disse que o governo não "prende" ninguém na base

Rosana Hessel
postado em 11/10/2016 14:46

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, minimizou o termo

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou, nesta terça-feira (11/10) que o presidente Michel Temer conversará com os deputados da base que não votaram com o governo na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, na noite de segunda-feira. O ministro minimizou o termo ;traição;, porém, disse que o governo não ;prende; ninguém na base. Houve defecções registradas em boa parte dos partidos aliados do governo.

[SAIBAMAIS] ;O presidente Michel Temer disse que haverá uma DR (discussão de relacionamento) com quem não teve condições de acompanhar o governo ontem. E é óbvio que, o governo se faz com aliados. Quem circunstancialmente tem dificuldade de ser aliado, por óbvio, que o governo não o prende na base de sustentação;, afirmou Padilha. O ministro ressaltou que o próprio Temer conduzirá as conversas, junto com o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.

O governo conseguiu 366 votos a favor da medida, e considerou a vitória "maiúscula", apesar das defecções. Ainda assim, Padilha evitou o termo ;traição;. ;Primeiro, eu não conheço traição. Traição é uma expressão que, a mim parece que vilipendia, diminui a relação dos parlamentares com as suas bases. Se fomos ouvir os parlamentares que circunstancialmente não votaram junto com o governo, sendo de um dos partidos da base do governo, ele terá uma explicação. O governo que terá de avaliar. Eu não reputo como traição;, disse.

Padilha ponderou que há situações em que o parlamentar tem de seguir outro rumo, por "circunstâncias políticas", maiores que "compromisso com o governo".

De acordo com o ministro da Casa Civil, a expectativa é de que o placar seja ainda mais expressivo, com mais voto favoráveis à PEC no segundo turno, mas disse que só fará estimativas em um período mas próximo da votação, que deve ocorrer no fim do mês.


O líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura (PSC-SE), classificou a aprovação da PEC do teto como ;uma vitória grande; e que ela mostrou "unidade " da base. Ele minimizou o fato de vários parlamentares governistas terem votado contra o texto. ; Cada um teve o seu motivo e suas situações e a gente sabe respeitar perfeitamente. O que importa e que o governo saiu vitorioso;, disse. Sobre a possibilidade de punição aos infiéis, Moura botou panos quentes e destacou que o melhor é negociar para a próxima votação, no dia 24 de outubro. ;O que importa é respeitar a decisão que o governo vai tomar com quem votou contra a PEC e pavimentar o caminho para a aprovação em segundo turno;, completou.

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