Economia

Com preços 15% mais baixos, consumidor se arrisca a comprar mais na web

O e-commerce ganha terreno entre clientes que usam lojas físicas apenas para pesquisar preços e escolher modelos de produtos. Fenômeno conhecido como showrooming cresce no país impulsionado pela crise

Rodolfo Costa
postado em 04/11/2016 06:00


O modelo de negócios do varejo passa por uma revolução. Endividados e com o orçamento corroído pela inflação, mais consumidores estão optando por comparar preços e experimentar produtos em uma loja física, mas comprá-los a um valor mais baixo no comércio eletrônico, o e-commerce. O fenômeno, conhecido como showrooming, não é novo no mundo, nem no Brasil, mas está se acentuando no país devido à crise econômica.

A Ebit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico, estima que, somente no primeiro semestre, 20 milhões de consumidores fizeram pelo menos uma compra na internet. Desses, em média 20% pesquisaram em loja física e na internet, tendo realizado a compra virtualmente.

A servidora pública Mônica Zampieri, 38 anos, e o marido, o advogado Ênio Zampieri, 46, têm o hábito de pesquisar em lojas e comprar pela internet. ;Nossas últimas compras foram feitas praticamente só em ferramentas online;, afirmou Mônica. Em março deste ano, o casal adquiriu um guarda-roupa por R$ 1,8 mil no site de uma empresa de móveis e eletrodomésticos. Na loja física da mesma companhia, o produto era vendido por R$ 2,1 mil. ;Pedi um desconto e o vendedor disse que poderia, no máximo, abater R$ 100 do total. Então, mesmo precisando esperar 20 dias, optei por comprar pela internet;, afirmou Mônica. Além da economia, ela lembra que acumulou pontos em um programa de fidelidade.

Ênio, por sua vez, costuma comprar tênis em e-commerces. Antes, pesquisa em uma loja física o modelo e marca desejada. Além de, muitas vezes, encontrar preço mais baixo no site da mesma empresa, ele tem mais opção de escolha. ;Nas lojas, às vezes, não tem o tamanho ou cor que desejo;, explicou.

Não são incomuns situações em que um mesmo produto tem preços diferentes no comércio físico e no virtual de uma mesma empresa. O Correio circulou por lojas em shoppings e verificou que um tênis masculino, que, em uma casa de materiais esportivos, sai por R$ 1,3 mil, custa R$ 1 mil no site, ou seja, é 30% mais caro na loja física.

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