Economia

Focus: retração do PIB em 2016 passa de 3,30% para 3,31%

Para 2017, o Focus mostra que a percepção também piorou levemente. O mercado prevê para o País um crescimento de 1,20% no próximo ano, abaixo do 1,21% projetado uma semana antes

postado em 07/11/2016 09:52
O Relatório de Mercado Focus desta semana voltou a trazer mudanças, para pior, nas projeções de atividade no País. Pelo documento, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano passaram de retração de 3,30% para queda de 3,31%. Foi a quinta semana consecutiva de piora nas projeções de atividade para este ano. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,15%.

Em outubro, o BC informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br) recuou 0,91% em agosto ante julho. O indicador também atingiu o menor nível desde dezembro de 2009, num claro sinal de dificuldades para a retomada da atividade no Brasil. Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), os diretores do BC confirmaram, ao abordar a questão do crescimento, que "os indicadores de agosto situaram-se abaixo do esperado", mas ponderaram que oscilações tendem a ocorrer em momentos de estabilização da economia.

Para 2017, o Focus mostra que a percepção também piorou levemente. O mercado prevê para o País um crescimento de 1,20% no próximo ano, abaixo do 1,21% [SAIBAMAIS]projetado uma semana antes. Há um mês, a expectativa era de 1,30%. O BC trabalha com uma retração de 3,3% para o PIB em 2016 e com uma alta de 1,3% para 2017.

No relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 7, as estimativas para a produção industrial seguem indicando um cenário difícil. A queda prevista para este ano permaneceu em 6,00%. Para 2017, a projeção de alta da produção industrial seguiu em 1,11%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial estavam em recuo de 5,96% para 2016 e alta de 1,11% para 2017. Na semana passada, o IBGE informou que a produção industrial subiu 0,5% em setembro ante agosto, mas recuou 4,8% em relação ao mesmo mês de 2015.

Já as projeções para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano passaram de 45,00% para 45,15% no Focus. Há um mês, estava em 44,80%. Para 2017, as expectativas no boletim Focus seguiram em 49,80%, ante projeção apontada um mês atrás de 49,65%.

Superávit comercial
Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para a balança comercial em 2016. A estimativa de superávit comercial este ano caiu de US$ 48,00 bilhões para US$ 47,77 bilhões, ante US$ 49,18 bilhões de um mês antes. Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2016 ficará em US$ 49 bilhões. Para 2017, as projeções de superávit comercial do mercado financeiro cederam de US$ 45,00 bilhões para US$ 44,57 bilhões de uma semana para outra - ante US$ 45,00 bilhões de um mês antes.

No caso da conta corrente, as previsões contidas no Focus para 2016 foram de um déficit de US$ 18,00 bilhões para um resultado também deficitário de US$ 18,25 bilhões. Há um mês, o rombo projetado estava em US$ 17,10 bilhões. Para 2017, o mercado manteve a estimativa de rombo nas contas externas em US$ 25,70 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 25,00 bilhões. Há duas semanas, o BC informou que de janeiro a setembro deste ano o País acumulou um déficit na conta corrente de US$ 13,582 bilhões. Já a projeção da instituição para o déficit em conta em 2016 é de US$ 18,0 bilhões.



Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2016 permaneceu, no Focus, em US$ 65,00 bilhões de uma semana para a outra - mesmo patamar de um mês antes. No acumulado deste ano até setembro, o IDP somou US$ 46,335 bilhões e a previsão do BC é de que a cifra chegue a US$ 70,00 bilhões até o fim de 2016. Para 2017, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto, de acordo com o Focus, foi de US$ 68,00 bilhões para US$ 68,50 bilhões. Quatro semanas atrás, estava em US$ 65,00 bilhões.

Por Agência Estado

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação