Economia

Crise é barreira para absorção de mão-de-obra capacitada, aponta IBGE

A taxa de desemprego entre pessoas com 18 a 24 anos ficou em 21,3%, acima do nível de 15,2% observado em 2014

Rodolfo Costa
postado em 25/11/2016 10:01

A taxa de desemprego entre pessoas com 18 a 24 anos ficou em 21,3%, acima do nível de 15,2% observado em 2014

O cenário do mercado de trabalho é preocupante. Além das altas taxas de desemprego, o espaço para absorção da mão de obra que se capacita é baixo. É o que revela a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (25/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2015, 13,5% da população tinha superior completo, número 0,4 ponto percentual superior em relação ao ano anterior. Entretanto, a taxa de desemprego entre pessoas com 18 a 24 anos ; faixa etária que compreende a época em que muitos brasileiros concluem a graduação ; ficou em 21,3%. Acima do nível de 15,2% observado em 2014.

Para especialistas, os números mostram um problema crônico do mercado de trabalho. Muitas pessoas estão concluindo as graduações, mas sem perspectivas de emprego. O mesmo também é observado entre aqueles que concluem o ensino médio. Em 2015, 26,4% da população tinha esse nível de instrução. O número é 0,9 ponto percentual superior em relação a 2014. Já a taxa de desemprego entre jovens com 15 a 17 anos cravou em 32,5%, resultado 6,8 ponto percentual superior em relação ao ano anterior.

Com menos oportunidades e mais pessoas com diplomas concorrendo a um posto, a tendência natural é que o mercado de trabalho não consiga absorver a demanda por emprego. Para mudar esse cenário, analistas acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) precisará manter um avanço contínuo entre pelo menos 3% e 4% para ampliar a gama de vagas para profissionais habilitados.

No entanto, o cenário real não é nada favorável. Considerando que, em 2016, a economia continuará em recessão, e que, para 2017, as projeções são de um crescimento tímido, as previsões para o desempenho na economia nos próximos anos apontam para um ambiente muito menos promissor.

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