Economia

Taxas futuras de juros fecham em baixa à espera de corte da Selic e com PIB

O resultado fraco do Produto Interno Bruto (PIB), anunciado na manhã desta quarta-feira, 30, colaborou para a queda, bem como a percepção de apoio político ao governo Temer após a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Teto em primeiro turno na terça-feira, 29, no Senado.

postado em 30/11/2016 17:10
Os juros futuros terminaram o dia da última decisão do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em baixa. O movimento decorreu da manutenção das apostas de que o colegiado anunciará, a partir das 18 horas, um corte da Selic e da expectativa de que indicará aceleração do ritmo no começo do ano que vem. O resultado fraco do Produto Interno Bruto (PIB), anunciado na manhã desta quarta-feira, 30, colaborou para a queda, bem como a percepção de apoio político ao governo Temer após a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Teto em primeiro turno na terça-feira, 29, no Senado.

O sócio e gestor da Modal Asset, Luiz Eduardo Portella, lembrou que no começo do dia o PIB veio melhor que a mediana das estimativas, mas desencadeou uma revisão de projeções para baixo entre os analistas. "Nós vamos revisar a estimativa para o PIB em 2017 de 1% para próximo de 0,60%", antecipou. Na mesma direção, o Bradesco cortou sua previsão de 1% para 0,30%. As justificativas foram "perspectivas mais fracas para consumo, investimentos e exportações".

No terceiro trimestre ante o segundo, o PIB encolheu 0,8%. A mediana das previsões era negativa em 0,9%. O Ministério da Fazenda avaliou, em nota, que a "principal razão para queda foi elevado endividamento das empresas". Também disse que projeções de baixa de 3,5% do PIB em 2016 e de alta de 1% em 2017 estão mantidas.

O cenário de atividade fraca reforça a expectativa por uma mudança de tom do BC em seu comunicado. "A expectativa do mercado é que venha um corte de 0,25 ponto porcentual da Selic nesta quarta mais um discurso que sugira a aceleração do ritmo mais para frente", resumiu Portella. Nos cálculos de um operador, a chance de redução de 0,25 pp era de 80%.

Ao término da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 13,599%, ante 13,613% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2018, de 12,06% (12,08% na terça) e o para janeiro de 2019, de 11,57% (11,61%). O contrato para janeiro de 2021 indicava 11,76%, mínima, de 11,86% no ajuste anterior.

Por Agência Estado

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