Economia

Câmbio em cenário de referência passa de R$ 3,20 para R$ 3,40

Com isso, o novo valor considerado para o dólar coincide com o registrado na ptax (R$ 3,3967) do dia em que o colegiado decidiu cortar a Selic de 14,00% para 13,75% ao ano

postado em 06/12/2016 10:08
A cotação do Banco Central (BC) é utilizada para a formação do cenário de referênciaEm ata divulgada na manhã desta terça-feira (6/12), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) informou que mudou sua premissa para o câmbio, de R$ 3,20 do documento anterior para R$ 3,40 no de hoje. A cotação é utilizada para a formação do cenário de referência.

Com isso, o novo valor considerado para o dólar coincide com o registrado na ptax (R$ 3,3967) do dia em que o colegiado decidiu cortar a Selic de 14,00% para 13,75% ao ano.

A elevação do parâmetro cambial considerado ocorre após a corrida mais recente da moeda americana ante o real, na esteira da vitória de Donald Trump na eleição dos EUA. Do encontro de outubro do Copom para o de novembro, a moeda americana subiu quase 7%.

Preços administrados


O Banco Central revisou suas projeções para os preços administrados de 2016, 2017 e 2018. Na ata anterior, o Copom previa uma elevação de 6,2% para os administrados este ano e, no documento publicado nesta terça, a estimativa foi reduzida para 5,5%.

Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 5, indicou que a estimativa para 2016 no mercado financeiro é de 6,00%.

Para 2017, a expectativa do Copom para os administrados é de alta de 5,9%, ante variação de 5,8% verificada na ata passada. No Focus, a projeção indica expectativa de elevação de 5,30%.

Estas previsões para os preços administrados ajudaram a formar a base para que o colegiado cortasse na semana passada a Selic (a taxa básica de juros) de 14,00% para 13,75% ao ano. Foi a segunda redução consecutiva da taxa.

Combustíveis e energia

O Copom debateu na mais recente reunião a nova política de preços para os combustíveis adotada pela Petrobras e possíveis ajustes no preço da eletricidade em 2017 gerada pela recomposição tarifária. A ata do Banco Central relativa à essa reunião, no entanto, traz detalhes sobre a avaliação dos diretores da casa sobre os temas.

De acordo com a ata do encontro divulgada nesta manhã, os membros do Comitê discutiram o "impacto da mudança na política de preços de combustíveis anunciada recentemente". Outro tema de debate foram os "possíveis reajustes nos preços da energia elétrica ao longo de 2017, em decorrência de recomposições tarifárias necessárias para corrigir distorções de políticas passadas".

"Nesse contexto, os membros do Copom voltaram a enfatizar que o ambiente com expectativas de inflação ancoradas permitiria ao Comitê se concentrar em evitar possíveis efeitos secundários desses ajustes de preços relativos", cita o documento, sem dar qualquer outro detalhe. Na ata, o Comitê prevê alta dos preços administrados de 5,5% em 2016, 5,9% em 2017 e 5,3% em 2018.
Por Agência Estado

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