Economia

Desenvolvimento da automação em equipamentos modifica produção nas fábricas

Na Indústria 4.0, a regra é integrar toda a cadeia de produção para atender uma demanda mundial: a customização em massa

Hellen Leite - Enviada Especial
postado em 15/01/2017 08:00

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Munique (Alemanha) ; Se as primeiras revoluções industriais tiveram como impulsionadoras o vapor, a energia elétrica e a automação, a quarta revolução se dá, principalmente, pela conectividade e a virtualização. Na Indústria 4.0, a regra é integrar toda a cadeia de produção para atender uma demanda mundial: a customização em massa. Países que já compraram a ideia podem ensinar o Brasil como agregar valor à manufatura e superar, com menos impactos, os momentos de crise econômica.

A base dessa nova indústria, um ambicioso projeto de alta tecnologia, é promover a automatização integral das fábricas. De acordo com Roland Busch, chefe de Estratégia da Siemens, nesse novo modelo máquinas poderão conversar com máquinas e serão capazes de tomar decisões autônomas para aumentar a produtividade, enquanto mantém os níveis de eficiência. ;A automatização acontece através de sistemas ciberfísicos que foram possíveis graças à internet das coisas e à computação na nuvem;, diz ele.

De acordo com Busch, uma das principais características dessa nova indústria é melhorar a produtividade, avançar na produção e distribuição energética e criar novas oportunidades e modelos de negócio. A Alemanha é um dos países mais avançados no desenvolvimento dessas tecnologias e tem focado na indústria 4.0 para ampliar a competitividade da economia do país.

Segundo o relatório Recommendations for Implementing the Strategic Initiative Industrie 4.0, publicado em 2013, a Alemanha deve se tornar o principal fornecedor mundial de tecnologias de produção inteligentes. O país europeu tem 40 anos de tradição no processo de automatização, que passou a incrementar desde 1980, quando uma crise fez a produtividade cair e o PIB parar de crescer. ;A indústria 4.0 é a resposta para empresas mais eficientes em um mundo cada vez mais conectado e com cada vez menos recursos. É como se a própria indústria tentasse alinhar a produção, produtividade e demanda em uma equação onde as variáveis estão mais complexas;, explica Busch.

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