Economia

Qualidade de garantias é problema para baratear crédito, diz Armínio Fraga

Na opinião de Fraga, isso tem haver com a capacidade de as empresas usarem seus ativos e recebíveis e das pessoas usarem suas casas e seus automóveis para lastrear as operações

Rodolfo Costa , Antonio Temóteo
postado em 07/02/2017 11:47
[FOTO1]A qualidade das garantias do crédito no Brasil é um problema antigo que mantém o custo dos financiamentos nas alturas, avaliou o economista Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central (BC). Conforme ele, mesmo hoje com reformas feitas, as garantias deixam a desejar e isso é o maior fator de encarecimento dos empréstimos. Na opinião de Fraga, isso tem haver com a capacidade de as empresas usarem seus ativos e recebíveis e das pessoas usarem suas casas e seus automóveis para lastrear as operações.
Ele ainda detalhou que o Imposto sobre Operação Financeira (IOF) era burro e caiu, mas ainda é fonte de problema. Arminio, que participa nesta manhã de um seminário no BC sobre os spreads bancários, comentou que a qualidade das leis e dos processos em geral, além da lei de recuperação judicial, são fontes de problema para manter o crédito caro no Brasil.
O terceiro bloco de problemas, avaliou o ex-presidente do BC, diz respeito a pouca transparência e a baixa qualidade das informações. Conforme ele, a central de riscos vem sendo permanentemente expandida, além do cadastro positivo, mas precisam ser aperfeiçoados. Fraga detalhou que esse diagnóstico faz parte de um trabalho feito ainda em sua gestão no BC e que foi coordenador por Ilan Goldfajn, atual presidente da autoridade monetária, quando era seu diretor.

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