Economia

Comércio do DF tem 33 oportunidades de trabalho; veja as chances

Área é uma das mais atingidas pela crise econômica dos últimos anos. Postos criados atraem, inclusive, profissionais de outras áreas, interessados em agarrar uma chance para voltar à ativa

Adriana Botelho*, Marlla Sabino - Especial para o Correio
postado em 08/08/2017 06:00
Contratado para área de marketing de um shopping, Oliveira vê desafios:
Um dos setores que mais perderam postos de trabalho formais durante a crise econômica, o comércio começa a dar os primeiros sinais de recuperação. Levantamento do Correio identificou, no Distrito Federal, 33 vagas abertas em diferentes ramos do varejo. Embora a maior parte das ofertas seja para vendedores, há oportunidades para outras funções.

Há duas semanas, por exemplo, Rafael Oliveira, 33 anos, foi contratado para coordenar o marketing de um shopping center. No ano passado, ele deixou o emprego em uma operadora de telefonia para assumir o desafio de trabalhar por conta própria. A atividade, contudo, não trouxe os resultados esperados e ele voltou a buscar uma colocação. ;Sempre fiquei acompanhando o mercado na área. Claro que não está fácil, algumas empresas estão receosas para contratar;, afirmou Oliveira.
Para ele, a experiência de 14 anos foi um diferencial na hora da seleção. ;É um desafio trabalhar com o comércio. É um mercado que está se reinventando para atrair a clientela;, disse. De acordo com Bruna Lunardi, gerente de Recursos Humanos do Conjunto Nacional, é importante que o candidato saiba explorar suas habilidades para oferecer resultados positivos. ;Em primeiro lugar, o funcionário deve ter empatia, a capacidade de se colocar no lugar do cliente, para oferecer um atendimento com foco no que ele procura;, aconselhou.

Trabalhar com vendas será novidade para a psicóloga Karlla Christina de Oliveira, 26 anos. Desempregada há oito meses, ela viu na oportunidade uma forma de voltar ao mercado de trabalho formal. ;Estava fazendo bicos em eventos e mandando currículos. Fiz algumas entrevistas, mas nunca recebi retorno. Sempre tinha muita gente concorrendo;, contou. Sem condições financeiras de abrir o próprio consultório, Karlla acredita que a experiência será positiva. ;Nunca tinha pensado em trabalhar em uma loja de roupas. Vai ser um desafio, mas tudo é aprendizado. É muito melhor do que ficar em casa, sem salário;, desabafou.

Economista sênior da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes explicou que a recuperação do setor está ligada ao aumento de vendas. ;Historicamente, o período até julho é mais complicado para o setor do ponto de vista de contratações;, observou. Apesar de o comércio ter fechado 125 mil postos formais, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), a expectativa da CNC é que o setor termine 2017 com saldo positivo. ;Acreditamos que o movimento de fim de ano e outros fatores de recuperação da economia, em alguns estados brasileiros, renda 140 mil vagas. O que resultará em saldo positivo de 15 mil;, afirmou.

Área é uma das mais atingidas pela crise econômica dos últimos anos. Postos criados atraem, inclusive, profissionais de outras áreas, interessados em agarrar uma chance para voltar à ativa

* Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo.

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