Economia

Bolsas da Europa caem, com incertezas sobre EUA no radar e ata do BCE

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,51%, em 377,15 pontos

Agência Estado
postado em 17/08/2017 16:30
As bolsas europeias fecharam em baixa nesta quinta-feira (17/8), influenciadas pela cautela com a política dos Estados Unidos, que reduziu o apetite por risco. Além disso, investidores acompanharam a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).


O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,51%, em 377,15 pontos.

[SAIBAMAIS]O presidente americano, Donald Trump, se envolveu em mais uma polêmica, após os episódios de violência vistos no fim de semana em Charlottesville, na Virgínia. O fato de Trump ter atribuído a violência aos dois lados, não apenas aos manifestantes racistas, foi censurado por várias pessoas no país, o que levou vários empresários a deixar dois conselhos consultivos da presidência. Ontem, Trump decidiu encerrar as atividades desses conselhos. Hoje, ele voltou ao assunto no Twitter, atacando um senador de seu Partido Republicano que o criticou e também dizendo que a imprensa reportou erradamente sua fala. Além disso, houve rumores de que importantes funcionários poderiam deixar o governo por causa do mal-estar, entre eles Gary Cohn, diretor do Conselho Econômico Nacional e peça importante para a agenda econômica da Casa Branca. O governo americano afirmou que Cohn pretende seguir no posto, mas os rumores influíram negativamente

O atropelamento de pessoas em Barcelona ocorreu perto do fim do pregão e a confirmação da polícia da Espanha de que se tratava de um ataque terrorista veio apenas depois do fechamento europeu

Mais cedo, os investidores monitoraram a ata do BCE. A instituição mostrou certa cautela com a inflação ainda modesta na zona do euro, o que sugere que os estímulos econômicos podem ser mantidos por mais tempo. Na agenda de dados, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 1,3% na comparação anual de julho, bem abaixo da meta de quase 2% do BCE.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,61%, em 7.387,87 pontos. Lloyds caiu 1,45% e Barclays cedeu 1,74%, no setor bancário, e a petroleira BP recuou 0,51%. Entre as mineradoras, BHP Billiton e Anglo American caíram 0,44% e 0,58%, respectivamente.


Em Frankfurt, o índice DAX teve baixa de 0,49%, a 12.203,46 pontos. Os bancos foram pressionados, por causa do tom favorável a estímulos do BCE e também da ata de ontem do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Entre as ações mais negociadas, o Deutsche Bank caiu 3,22% e Commerzbank teve baixa de 2,86%. Já E.ON subiu 0,05%, no setor de energia, enquanto a companhia aérea Lufthansa recuou 0,46%.

Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 0,57%, a 5.146,85 pontos. Crédit Agricole cedeu 1,97% e Société Générale, 2,32%, entre os bancos franceses, mas Electricité de France subiu 2,69% Airbus recuou 0,95%.

O índice FTSE-MIB, da bolsa de Milão, teve queda de 0,89%, para 21.788,86 pontos, fechando na mínima do dia. A montadora Fiat Chrysler caiu 1,10% e, no setor de energia, o papel da Eni teve baixa de 1,27%. Entre os bancos, Intesa Sanpaolo, Banco BPM e UniCredit caíram 0,34%, 1,58% e 2,05%, respectivamente.

Na bolsa de Madri, o índice IBEX-35 recuou 0,95%, para 10.443,80 pontos. Santander recuou 2,50%, BBVA cedeu 1,90% e Banco de Sabadell teve queda de 1,88%, mas Abengoa subiu 7,14%, entre os papéis mais negociados. Telefónica caiu 1,43%.

Em Lisboa, o índice PSI-20 fechou em baixa de 0,32%, a 5.243,07 pontos. Banco Comercial Português caiu 1,18% e Galp Energia teve queda de 0,11%, mas Ibersol subiu 1,57% e Corticeira Amorim avançou 1,03%.

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