Economia

União deixará controle da Eletrobras, mas deve manter poder de veto

Fernando Coelho Filho, disse que o governo pretende anunciar "o quanto antes" o modelo que será utilizado para a privatização da Eletrobras, ainda este ano

Agência Estado
postado em 22/08/2017 13:53
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o governo pretende anunciar "o quanto antes" o modelo que será utilizado para a privatização da Eletrobras, ainda este ano. Mais cedo, ele estimou que o processo possa ser concluído ainda no primeiro semestre de 2018.

Apesar da privatização, o desenho que está sendo estudado para a operação prevê que a União mantenha uma "golden share", com poder veto em decisões da companhia. O nome Eletrobras também deve ser mantido. Após o processo, a União passará a deter participação inferior na empresa.

Coelho Filho disse que o debate sobre a desestatização já existia no governo e repetiu que a empresa - nas condições atuais - tem dificuldades em honrar seus compromissos e ainda competir no mercado. "O aumento de tarifas e de encargos não são alternativas", afirmou.

O ministro considerou a venda da empresa um movimento "fundamental" para desenvolvimento do mercado elétrico brasileiro e citou o apoio dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Dyogo Oliveira (Planejamento) e Henrique Meirelles (Fazenda).

"A operação não é uma simples venda de ações para pagar contas. Ficou comprovado que não era possível continuar com o atual modelo. A União e os consumidores não têm condições de continuar pagando essa conta. A empresa voltará a pagar dividendo, a gerar lucro e pagar impostos, além de ter uma capacidade de investimentos que não vemos há muito tempo", concluiu Coelho Filho.

Finanças


O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, disse que a privatização colocará a empresa em pé de igualdade com outras empresas de energia internacionais, que inclusive já estão presentes no mercado brasileiro. "No pé em que estamos, não teríamos essa condição", admitiu.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação