Economia

Presidente do Congresso não tem previsão sobre envio do PLOA de 2018

A demora do governo federal em dar o aval para o socorro ao Estado do Rio tem incomodado o presidente em exercício, cuja base eleitoral vem da região

Agência Estado
postado em 31/08/2017 16:28
Rodrigo Maia em sessão na CâmaraO presidente do Congresso e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), aguarda há cerca de quatro horas o encaminhamento oficial do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2018, que depende da assinatura do presidente da República em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O prazo para o envio da proposta termina nesta quinta-feira (31/8).
Embora tenha conduzido a sessão do Congresso até de madrugada, Eunício chegou ao Senado por volta das 11 horas. Pela manhã, a expectativa do presidente do Congresso era que a entrega formal da matéria ocorresse ao meio dia, porém o ato atrasou porque Maia não assinou o documento. Agora, a assessoria de imprensa da presidente do Congresso informa que não há previsão para que o encaminhamento ocorra.

[SAIBAMAIS]Em meio à saia justa provocada por sua ida ao Rio de Janeiro no mesmo dia em que precisa assinar o PLOA de 2018, Maia usou sua conta no Twitter para reforçar o anúncio de que o acordo de recuperação fiscal do governo fluminense será assinado "no máximo" no início da próxima semana.

Maia disse ainda que, em conversa na quarta à noite, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, "prometeu" que publicará a autorização para a homologação do acordo assim que a Advocacia-Geral da União (AGU) concluir seu parecer sobre o plano de recuperação do Estado.

Com as mensagens, Maia busca envolver Meirelles e Grace no compromisso pela celeridade do acordo do Rio, que se encontra em situação dramática. A demora do governo federal em dar o aval para o socorro ao Estado do Rio tem incomodado o presidente em exercício, cuja base eleitoral vem da região.

Parte da área econômica acredita que essa insatisfação pode ter sido a motivação para uma "retaliação" por parte de Maia, que não assinou o PLOA e as Medidas Provisórias (MPs) que garantem uma redução de despesas e aumento de receitas para o governo em 2018.

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