Economia

Brasil e China assinam acordos para Belo Monte e energia nuclear

Temer vem intensificando a busca por investimentos chineses desde que assumiu a presidência e disse que sua delegação de 19 membros demonstra a prioridade que ele dá para as relações com o país asiático

Agência France-Presse
postado em 01/09/2017 14:28
Os presidentes da China e do Brasil se encontram em reunião do Brics
Brasil e China assinaram, nesta sexta-feira (14/8), acordos de cooperação em temas variados, de futebol a energia nuclear, passando pela usina de Belo Monte, no segundo dia da visita oficial de Michel Temer, que pretende divulgar seu pacote de privatizações. Os acordos foram assinados após um encontro de Temer com o presidente Xi Jinping em Pequim, antes da reunião dos Brics, grupo composto também por Rússia, Índia e África do Sul, na semana que vem.
Os acordos incluem o licenciamento da Fase 2 da Usina de Belo Monte, um acordo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Sinosure para dar garantias a investidores chineses no Brasil e o financiamento e a construção de um terminal no porto de São Luís.

Temer vem intensificando a busca por investimentos chineses desde que assumiu a presidência e disse que sua delegação de 19 membros demonstra a prioridade que ele dá para as relações com o país asiático. "O Brasil é um parceiro cooperativo de primeira linha para a China", afirmou Xi. "A relação de Brasil e China tem significado estratégico global, e os dois países devem aprofundar sua cooperação e seguir em frente em harmonia", complementou.
O gigante asiático está em busca de mercados para escoar sua produção industrial excedente. Além de temas econômicos, Xi disse que quer transformar a China numa potência do futebol internacional e que espera ver o país sediar uma Copa do Mundo.

[SAIBAMAIS]Nesta sexta-feira, após ser divulgado o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que registrou expansão de 0,2% da economia do Brasil no segundo trimestre, Zhang Run, o vice-diretor-geral do Departamento de Assuntos da América Latina e do Caribe da China, disse à imprensa que a economia brasileira está "de volta aos rumos", afirmando que a relação dos países "resistiu ao teste de mudança das circunstâncias".

O comércio entre as duas nações cresceu mais de 30% nos primeiros sete meses deste ano, disse Zhang, assinalando que o investimento de mais de 30 bilhões de dólares no Brasil fazer do país "o destino número um dos investimentos da China na América Latina. Zhang ainda afirmou que a China recentemente se tornou o maior mercado de exportação de carne brasileira, apesar do escândalo de adulteração e corrupção no setor, desencadeado pela operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

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