Economia

Taxa de juros futuros têm viés de queda, em linha com o dólar

Às 9h17, o DI para janeiro de 2021 estava em 8,88% ante 8,91% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2020 marcava 8,28% ante 8,31% no ajuste anterior

Agência Estado
postado em 11/09/2017 10:00
Os juros futuros começaram o dia com viés de queda beneficiados pela desvalorização do dólar ante o real, a prisão do empresário Joesley Batista e a perspectiva de andamento da reforma da Previdência, segundo um operador de renda fixa. Além disso, a pesquisa Focus trouxe melhora nas projeções para inflação, Produto Interno Bruto (PIB) e Selic.

O dólar à vista abriu em queda ante o real, sensível ao ambiente mais tranquilo no exterior. O enfraquecimento do furacão Irma nos EUA e a não realização de novos testes nucleares pela Coreia do Norte no fim de semana aumentaram a disposição do investidor estrangeiro em investir em ativos de risco. Pouco antes do fechamento deste texto, o Centro Nacional de Furacões divulgou que o Irma foi rebaixado de furacão para tempestade tropical.

Do noticiário doméstico, um destaque é a notícia da prisão do empresário Joesley Batista e do executivo do grupo JBS Ricardo Saud, além dos mandados de busca e apreensão nas casas dos dois delatores em São Paulo e na do ex-procurador Marcelo Miller no Rio de Janeiro.

Uma leitura dessa reviravolta no caso JBS é que perde força uma eventual segunda denúncia da PGR contra o Presidente da República, Michel Temer. Outro destaque é a ênfase do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, à reforma da Previdência.

No domingo, depois de almoço oferecido por Temer no Palácio do Jaburu, Meirelles afirmou que o governo decidiu "retomar com ênfase a reforma da Previdência". Ele confirmou que o governo pretende aprovar a PEC em outubro. Às 9h17, o DI para janeiro de 2021 estava em 8,88% ante 8,91% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2020 marcava 8,28% ante 8,31% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2019 estava em 7,60% ante 7,62% no ajuste anterior.

Mais cedo, o Relatório de Mercado Focus evidenciou que os economistas do mercado financeiro voltaram a reduzir suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este e o próximo ano, sob influência da inflação de agosto, divulgada na última quarta-feira, 6. O relatório mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,38% para 3,14%. Há um mês, estava em 3,50%. A projeção para o índice de 2018 foi de 4,18% para 4,15%.

Além disso, caiu para 7,00% a projeção para a Selic para o fim de 2017 e de 2018. A mudança acontece após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

A expectativa de alta para o PIB deste ano foi de 0,50% para 0,60% no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda. Há um mês, a perspectiva estava em 0,34%. Para 2018, o mercado elevou a previsão de alta do PIB de 2,00% para 2,10%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,00%.



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