Economia

Marinho diz que há processo de sabotagem de juízes com reforma trabalhista

Marinho afirmou que o fato de agentes da Justiça trabalhista se posicionarem contra a reforma, aprovada em julho pelo Congresso Nacional, "me parece desobediência civil"

Alessandra Azevedo
postado em 26/10/2017 16:50
[FOTO1]Relator da reforma trabalhista na Câmara, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) criticou a atuação da Justiça do Trabalho. Para ele, há um "claro processo de sabotagem" por parte de juízes, desembargadores e auditores do Trabalho, disse, em discurso no seminário Visões da Modernização Trabalhista, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quinta-feira (26/10).
Marinho afirmou que o fato de agentes da Justiça trabalhista se posicionarem contra a reforma, aprovada em julho pelo Congresso Nacional, "me parece desobediência civil". "O que não é normal, o que não é crível, o que não é democrático é que uma associação promova cursos, cartilhas ensinando juízes a descumprir a lei", disse.

Medida Provisória

Para que a lei fosse aprovada no Senado, o presidente Michel Temer prometeu uma Medida Provisória que atualizaria alguns pontos controversos da reforma. O deputado Rogério Marinho se disse contra o envio dessa MP, que, segundo ele, não foi negociada com a Câmara.
A promessa foi feita, na época, pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, que intermediou a discussão na Casa para garantir a aprovação do texto mais rapidamente, sem mudanças. "Não significa que a Câmara concorde com as alterações que foram acordadas no Senado. Eu advogo que o presidente cumpra a palavra dele, mas por meio de um projeto de urgência constitucional", defendeu o tucano. Com MP, ele acredita que "corre o risco de reabrir a discussão em torno de uma lei e de uma agenda que já foi transposta dentro do parlamento".

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