Economia

Adiamento da nova Previdência aumenta chances de novo rebaixamento do país

Informação é da Moody's, a mais conservadora agência de classificação de risco dos Estados Unidos

Rosana Hessel
postado em 14/12/2017 15:00
O adiamento da reforma da Previdência para 2018, que foi antecipado nesta quarta-feira (13/12) pelo presidente do PMDB e líder do governo no Senado Federal, o senador Romero Jucá (RR), colocou uma pá de cal nas previsões de aprovação das mudanças do sistema de aposentadorias para o ano que vem. Agora, crescem as chances de um novo rebaixamento do país, avisou a Moody;s, considerada a mais conservadora entre as três maiores agências de classificação de risco dos Estados Unidos. Atualmente, a nota do Brasil está a dois degraus abaixo do grau de investimento nessa triada. O rating do país dado pela Moody;s é de Ba2, com perspectiva negativa desde maio.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou, nesta quinta-feira (14/12), que a reforma da Previdência deverá ser colocada na pauta de votação do Plenário da Casa em 19 de fevereiro, ou seja, depois do Carnaval.

"O adiamento da votação da reforma da Previdência é um fator de crédito negativo e indica falta de apoio político para a proposta. Isso aumenta a possibilidade de que a reforma não seja aprovada no ano que vem, dada a incerteza em torno das eleições presidenciais", afirmou em nota o vice-presidente e analista sênior da Moody;s para ratings soberanos, Samar Maziad. "O adiamento fortalece as preocupações sobre a capacidade do governo para cumprir o teto de gastos e endereçar efetivamente as tendências fiscais adversas que têm gerado uma persistente deterioração do perfil de crédito do país nos últimos anos;, completou.

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