Economia

Meirelles: Conselho decidirá futuro de vice-presidentes da Caixa

Quatro vice-presidentes do banco são acusados de corrupção, na Operação Greenfield, deflagrada em 2016

Rosana Hessel
postado em 16/01/2018 19:47
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a decisão final sobre o afastamento dos vice-presidentes da Caixa Econômica Federal, que estão sendo acusados de corrupção, será dada pelo Conselho de Administração do banco. A instituição, segundo ele, terá uma assembleia geral no próximo dia 19 para aprovar o novo estatuto que dará essa incumbência ao colegiado.

"O novo estatuto está sendo aprovado, e, a partir daí, o Conselho, como determina a lei de governança das estatais, assume o total controle do processo de nomeação e de exoneração de vice-presidente e de outros executivos da Caixa. Portanto, esse é um processo normal que está seguindo. Nós já estamos acelerando muito a aprovação do estatuto no Ministério da Fazenda e marcamos a assembleia geral para o dia 19", disse Meirelles, ao retornar ao seu gabinete após reunião com o presidente Michel Temer e o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, no Palácio do Planalto.

A secretaria de comunicação da Presidência da República (Secom) divulgou, na tarde desta terça-feira (16/1), uma nota anunciando o afastamento por 15 dias de quatro vice-presidentes da Caixa, que estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, na Operação Greenfield, deflagrada em 2016.

De acordo com Meirelles, esse afastamento segue a determinação do Banco Central. "Esses vice-presidentes estão envolvidos nas investigações do Ministério Público. Isso é um processo normal. Vamos levar em consideração que essa medida do presidente está atendendo a uma recomendação e uma medida, digamos, em caráter de urgência", declarou o ministro.

Na avaliação do ministro, a decisão do presidente levou em consideração a garantia do direito de defesa dos acusados. "O Banco Central determinou o afastamento e o que o presidente fez é dar um prazo para que eles apresentem a defesa antes de ser feito e determinado um possível afastamento definitivo, se for essa a conclusão. Evidentemente, o presidente garantiu o direito constitucional de defesa de todas as pessoas que estão sob acusação", completou.

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