Economia

Rede de ensino Cultura Inglesa investirá R$ 50 milhões até 2019

Para se adequar aos novos tempos, tradicional rede de ensino de inglês adota sistema inédito de aulas e aposta em ferramentas tecnológicas e novos ambientes para atrair mais alunos

Lino Rodrigues
postado em 17/01/2018 06:00

Nova estrutura arquitetônica das unidades e os novos recursos tecnológicos acompanham os avanços educacionais

São Paulo ; A Cultura Inglesa, uma das mais tradicionais escolas de inglês do país, está prestes a passar por uma das maiores transformações de sua história. A ideia é fazer da empresa não apenas uma escola de idiomas, mas um centro de formação de cidadãos globais. Com as novas abordagens de ensino, a escola quer atrair especialmente os jovens que têm afinidade natural com as ferramentas trazidas pela tecnologia. As mudanças começaram em 2016, quando a rede foi adquirida pelo Gera Venture, fundo de investimentos focado em educação que tem o empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann como investidor.

Com R$ 50 milhões para desembolsar nos próximos três anos, a Cultura Inglesa começa 2018 acelerando a criação de ambientes construídos para ensinar a língua inglesa a partir do uso radical da tecnologia. Batizado de Cultura Spot, o projeto responde a uma necessidade de integração entre a área acadêmica (os professores e colaboradores) e a renovação e atualização dos recursos e equipamentos pedagógicos existentes. ;Estamos empenhados em formar cada vez mais cidadãos confiantes e fluentes no inglês. Nosso foco hoje é proporcionar todas as ferramentas para que o ensino seja mais sólido e engajante;, diz Marina Fontoura, CEO da Cultura Inglesa.

[SAIBAMAIS]Os recursos serão direcionados para as áreas de tecnologia (30%), conteúdo acadêmico (30%) e em melhorias, ampliação e adaptações da infraestrutura das 80 unidades espalhadas nos estados do Rio Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Goiás, além de Brasília, no Distrito Federal. No total, a escola atende mais de 60 mil alunos.



A capital federal foi a escolhida para inaugurar a primeira escola no novo formato de Cultura Spot. Além das mudanças no programa acadêmico, o projeto conta com uma estrutura arquitetônica que acompanha os avanços educacionais. A proposta do novo modelo, segundo Marina, é tornar o professor um mediador e não mais o protagonista na sala de aula.

Segundo ela, o novo contexto da educação está levando as escolas a criar ambientes vivenciais, dentro da realidade dos alunos e nos quais o professor passa a ser mais um orientador. ;Os alunos aprendem a língua fazendo tarefas do dia a dia. É um ensino mais perene, com situações reais e troca de informações entre várias culturas;, diz ela.

A passagem para o novo modelo, salienta a CEO da Cultura Inglesa, não afeta o conteúdo tradicional do inglês que é repassado aos alunos em todas as unidades da escola. O que muda é a forma, com turmas participando de todo o circuito. A escola de Brasília, inaugurada em outubro do ano passado e cujo modelo já está sendo replicado aos poucos nas outras unidades, conta com área de mil metros quadrados e 19 salas, sendo cinco delas com características especiais que reforçam o novo modelo de ensino.

Uma das inovações propostas pela Cultura Inglesa nasceu de uma parceria com o Google for Education. Todo o conteúdo inserido na plataforma pode ser acessado a qualquer momento, do local onde o aluno ou o professor estiver, a partir de qualquer dispositivo, uma vez que 100% do material didático ; livros, trabalhos, documentos, e-mails, agendas e tarefas ; fica salvo automaticamente em nuvem.

A plataforma também possibilita alterações e edições em tempo real, propiciando a realização de tarefas e afazeres de modo compartilhado. Um de seus diferenciais é o contato imediato on-line entre as partes para o esclarecimento de dúvidas e fóruns de discussões. ;Os alunos interagem com pessoas de diferentes partes do mundo e navegam em tours virtuais que extrapolam os limites do espaço físico;, diz a CEO Marina Fontoura.

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