Economia

Moreira Franco alerta para risco de quebra da Previdência

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência lembrou países que quebraram por "excesso de privilégios"

Rodolfo Costa
postado em 06/02/2018 13:32
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O governo federal segue forte nas redes sociais na campanha pela conscientização da reforma da Previdência. Nesta terça-feira (6/2), o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, destacou que a aposentadoria em países como Portugal, Espanha e Grécia quebraram por ;excesso de privilégios; e alertou para os riscos de o Brasil seguir o mesmo caminho.
Em alguns estados, a exemplo do Rio Grande do Sul, do Rio Grande do Norte, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, entre outros, Moreira destacou que governadores já enfrentam dificuldades para pagar aposentados e aposentadorias de servidores públicos. ;O Brasil não pode seguir esse caminho;, disse, em vídeo publicado nas redes sociais.
O discurso de Moreira não é novo. Há meses o governo bate na tecla, alertando para os riscos de o Brasil caminhar para a insolência, caso a reforma não seja aprovada. A retórica faz parte da campanha #TodosPelaReforma, iniciada ontem, em que ministros defendem a importância da aprovação da matéria.
A tática do governo inclui ajustes no discurso, para que consigam fazer o recado chegar às camadas mais humildes da população brasileira. Em outro vídeo publicado ontem, Moreira declarou não ser possível que pessoas que recebem um, dois, ou três salários mínimos banquem a aposentadoria de quem ganha mais de R$ 30 mil. Ele destacou, ainda, que a reforma não vai acabar com as aposentadorias. ; ;Ao contrário, a aprovação da reforma significa garantir sua aposentadoria, sua pensão, seu benefício. A reforma vai, sim, acabar com os privilégios de quem ganha muito e trabalha pouco;, afirmou.
O plano de atingir a camada mais carente foi endossado pelo ministro do Desenvolvimento Social (MDS), Osmar Terra, também em vídeo publicado na segunda-feira. ;Quero tranquilizar a população, principalmente os mais pobres, porque a reforma não vai afetar o benefício de prestação continuada;, destacou.
A aposentadoria paga aos mais pobres, continuou Terra, não sofrerá impactos. ;Esse recurso de um salário mínimo vai continuar indo e não vai mudar nada nessa área a quem tem deficiência física, que tem problemas mentais, que vai para os idosos com mais de 65 anos, ou que não tem nem aposentadoria. Também para o trabalhador rural, que vai continuar recebendo e não muda nada;, ressaltou.

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