Economia

Governo estuda remanejar orçamento para garantir intervenção no Rio

Segundo Meirelles, a primeira alternativa seria remanejar recursos já direcionados para Exército, Marinha e Aeronáutica, mas Meirelles não descartou que dinheiro de outras áreas precise ser usado na intervenção

Rodolfo Costa
postado em 19/02/2018 13:01
Meirelles declarou que o governo trabalha com a possibilidade de remanejar o orçamento
O governo federal estuda medidas para garantir os recursos necessários para a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou que o governo trabalha com a possibilidade de remanejar o orçamento para financiar as ações necessárias durante a ingerência no estado fluminense. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, destacou que os recursos estarão disponíveis assim que o interventor, general Braga Netto, apresentar o planejamento após os estudos e diagnósticos sobre a situação no Rio.
A decisão de Braga Netto, no entanto, não implicará em um novo planejamento. Jungmann ressalta que o Rio já conta com uma programação na área de segurança pública. "Temos um planejamento em curso que será adaptado, ampliado e aprofundado, para, exatamente, os poderes que ele, como interventor, está investido a partir da intervenção federal", explicou Jungmann.
O planejamento do ponto de vista fiscal prevê que o governo promova a retirada de recursos de alguma pasta para reinvestir nas ações definidas por Braga Netto. ;Vamos olhar agora, exatamente, e trabalhar junto com as Forças Armadas para ver se tem custos adicionais além daqueles já previstos no Orçamento;, justificou Meirelles. A possibilidade de a operação integrada entre as Forças Armadas e as forças de segurança pública do Rio necessitarem receitas extras não está descartada.
A intervenção no Rio não se trata de uma ação militar, mas federal e civil, frisou Jungmann. ;A parte militar é regulada pela Garantia da Lei e da Ordem (GLO). A intervenção é civil e federal, e diz respeito a aspectos administrativos, que, por acaso, tem um general como interventor. Já a natureza e outra ordem de ações que diz respeito às Forças Armadas está regulamentada pela GLO;, destacou.

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