Economia

Governadora de Roraima pede prorrogação de dívida ao Ministério da Fazenda

De acordo com ela, houve um aumento de 100% no número de matrículas dos venezuelanos nas escolas públicas de Roraima

Hamilton Ferrari
postado em 21/02/2018 18:45
A governadora de Roraima, Suely Campos

A governadora de Roraima, Suely Campos, se reuniu na tarde desta quarta (21/02) com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para pedir a prorrogação na cobrança das dívidas do estado. Segundo ela, Roraima passa por um momento delicado por conta do grande fluxo migratório de venezuelanos, que estão deixando o país vizinho.

Meirelles convocou a equipe técnica para tratar do assunto. Nesta quinta (22/2) haverá um novo encontro. O governo atual do estado já pagou quase R$ 700 milhões desde o início da gestão, segundo Suely, mas a dívida total era de R$ 2 bilhões.

;São R$ 22 milhões todo mês que nós pagamos;, afirmou a governadora. ;Nós estamos vivendo um momento muito delicado por conta desse grande fluxo migratório dos venezuelanos. Está impactando na nossa saúde, na educação, na segurança, todos os serviços públicos do nosso estado;, disse Suely.

De acordo com ela, houve um aumento de 100% no número de matrículas dos venezuelanos nas escolas públicas de Roraima. Além disso, aumentou em 2.000% os atendimentos na rede pública de saúde. ;Então, juntando isso, esse grande impacto, juntando a dívida que herdamos da gestão passada, isso requer que o governo federal dê uma atenção especial à Roraima;, defendeu.

A governadora também destacou que o estado tem uma economia ;em formação;, porque 80% dos gastos dependem do repasse dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Como o estado não pode aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, porque não tem critérios os critérios de calamidade financeira, a equipe jurídica do ministério estuda as possibilidades de resolução.

A expectativa da governadora é de que a cobrança seja prorrogada. ;Quem fez a dívida no passado não mencionou o impacto disso;, declarou. ;No primeiro ano que assumimos, pagamos apenas os juros da dívida. E só depois, começamos a pagar as parcelas;, completou.

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