Economia

IPCA-15 estagna e sobe 0,38% em fevereiro; é a 2ª menor taxa desde o Real

Com os resultados de janeiro e fevereiro pelo IPCA-15, a inflação acumulada no primeiro bimestre do ano foi de 0,77%. É a menor variação para o período desde 1994

Rodolfo Costa
postado em 23/02/2018 09:35
A ligeira alta dos preços também se deve ao aumento da oferta de alguns alimentos, como a batata inglesa
A inflação estagnou em fevereiro. No acumulado de 30 dias encerrados no último dia 15, o custo de vida subiu, em média, 0,38%. É o que aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), indicador considerado como a prévia oficial da carestia no país. Em janeiro, a variação havia sido de 0,39%. A taxa é a segunda menor para o mês desde a criação do Plano Real, em 1994.

Com os resultados de janeiro e fevereiro pelo IPCA-15, a inflação acumulada no primeiro bimestre do ano foi de 0,77%. É a menor variação para o período desde 1994. No acumulado em 12 meses, a alta foi de 2,86%, abaixo dos 3,02% registrados no período imediatamente anterior.

A ligeira alta dos preços em fevereiro é um sinal de que o custo de vida segue sendo controlado por uma confiança dos agentes econômicos, que remarcam menos os preços de produtos e serviços no mercado consumidor. Mas, também, se deve ao aumento da oferta de alguns alimentos, como a batata inglesa e as carnes. Em média, as despesas com esses dois alimentos caíram, respectivamente, 3,50% e 0,70%.

Os recuos desses dois produtos influenciaram o custo de vida com alimentos e bebidas. Na prévia da inflação de fevereiro, os preços de produtos desse grupo subiram, em média, 0,13%. Em janeiro, a alta havia sido de 0,76%. Um resultado expressivo para uma categoria que representa cerca de 25% do indicador.

A classe de despesas com habitação foi outra a segurar a inflação em fevereiro. Em média, os custos com bens e serviços essenciais para o domicílio, como energia e taxa de água e esgoto, recuaram 0,51%. A queda foi até maior do que a registrada em janeiro, de 0,41%. O resultado foi puxado, sobretudo, pela queda média de preços dos gastos com energia elétrica, de 2,99%.

O resultado dos grupos de alimentação e bebidas e habitação foi suficiente para contrabalancear a forte pressão exercida pelos gastos com educação. Sazonalmente, os custos nessa categoria de despesas disparam em fevereiro devido aos desembolsos com material escolar e demais serviços ligados ao setor. Este mês, por exemplo, a alta dessa classe foi de 4,01%. Em janeiro, havia sido de 0,28%.

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