Economia

Prévia da inflação de março é a menor desde 2000; carne teve deflação

O IPCA-15 registrado é de 0,10%. No acumulado, o indicador está em 2,8%

Hamilton Ferrari
postado em 23/03/2018 09:38
Em março, o grupo de alimentação e bebidas continua com preços em queda
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de março foi o mais baixo para o mês desde 2000. A taxa registrada é de 0,10%, frente os 0,09% de 18 anos atrás. No acumulado de 12 meses, o indicador está em 2,8%. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (23/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA-15 é visto como uma prévia da inflação oficial. O índice é medido antes do término do mês. Em março, o grupo de alimentação e bebidas continua com preços em queda, como ocorreu durante 2017 e manteve o movimento em 2018. Segundo o IBGE, o segmento caiu 0,07%.

Os preços do grupo representam cerca de 20% das despesas das famílias. A maior queda foi registrada na inflação de domicílios, diante de deflação (recuo nos valores) de alguns produtos, como carne (-0,66%) e tomate (-5%). Do ponto de vista regional, o índice dos alimentos e bebidas variam de um retração de 0,84%, em Salvador, até uma alta de 0,19% em Curitiba.

A inflação do grupo de comunicação também diminuiu 0,19% na medição do IPCA-15, influenciada pelo item telefone fixo, que recuou 0,94%, em função da redução nas tarifas das ligações locais e interurbanas de fixo para móvel. Os novos preços entraram em vigor em 25 de fevereiro.

Com exceção dos dois grupos, os outros sete registraram alta na inflação. Saúde e cuidados pessoais foi a que mais aumentou (0,54%), pressionada por planos de saúde, que subiram 1,06%.

O grupo de Transportes subiu 0,07% em março, puxado pela expansão de 1,3% nos preços das tarifas de ônibus urbanos. Os valores foram reajustados em Goiânia, Fortaleza, Rio de Janeiro, Belém e Porto Alegre. Na contramão, as despesas com passagens aéreas diminuíram 15,33%.

Regional

Junto apenas com Fortaleza, Brasília teve aceleração na inflação, saindo de uma queda de 0,09% em fevereiro para 0,08% em março. A capital cearense passou de 0,13% para 0,26% no mesmo período. As demais localidades desaceleraram.
Goiânia é o local com maior inflação (3,78%). São Paulo também tem um índice acima de 3%, chegando a 3,64% em março. O menor indicador apresentado para o período é de Belém (1,11%). Brasília atingiu 2,91%, acima da média nacional de 2,80%.
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

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