2013 Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro

Orquestra Nacional e Sebastião Salgado marcam início do Festival

A sessão de Revelando Sebastião Salgado teve a sala lotada

Ricardo Daehn
postado em 18/09/2013 00:26
A sessão de Revelando Sebastião Salgado teve a sala lotada

Nem mesmo a tradição de 49 anos da 46; edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro parecia capaz de concorrer com o charme da cantora Beyoncé Knowles. A fila de convidados para a cerimônia de abertura que inicia a disputa de 30 filmes selecionados dentro da sala Villa-Lobos fluiu, sem maiores desfalques. Seguindo a tradição, houve a turma dos que ficaram de fora, apenas acompanhando a movimentação.

Após breve apresentação do festival, o secretário de Cultura, Hamilton Pereira, foi convidado ao palco. "Hoje vamos homenagear o homem que reinventou a fotografia brasileira, Sebastião Salgado", iniciou Pereira. O secretário lembrou que a reinauguração do Cine Brasília no último dia 11 de setembro recoloca o FBCB em casa."Estamos devolvendo o Cine Brasília, a casa do festival, para que ele se reafirme como o mais importante festival do país", disse.

O violinista austríaco Benjamin Schmid foi aplaudido de pé pelo público brasilienseApesar do burburinho sobre o cinema mais famoso da cidade completamente reformado, o assunto no foyer da Villa-Lobos era mesmo a promessa da chuva que encerraria o período de estiagem na capital federal. De fato, durante a apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, uma chuva de vento serviu para diminuir a poeira e resfriar o calor do dia mais quente do ano.

Depois da apresentação da Orquestra que teve a participação do violinista austríaco Benjamin Schmid - aplaudido de pé pelo público brasiliense -, um intervalo de 15 minutos foi pedido antes da exibição do longa Revelando Sebastião Salgado, da diretora Betse de Paula.

Betse morou em Brasília durante 10 anos. De volta ao Rio de Janeiro para morar e produzir, lançou a ficção Vendo ou alugo e agora lança o documentário sobre o fotógrafo Sebastião Salgado, exibido publicamente pela primeira vez no último Festival de Gramado. É a segunda vez que um filme de Betse é exibido na noite de gala.

"Há 11 anos apresentei Celeste e Estrela na abertura. É muita emoção voltar a Brasília, onde comecei a fazer longa-metragem e documentário. Esse filme junta as duas coisas e é motivo de muita alegria. Uma parte da equipe é de Brasília e só tenho a agradecer à cidade que me deu régua e compasso para o cinema. No teste de audiência descobri que o filme era um filme;, afirmou. A diretora também elogiou a qualidade técnica da exibição.

A sessão de Revelando Sebastião Salgado terminou com a sala lotada. Durante a abertura, os retardatários foram lentamente enchendo a sala e no fim parecia que o festival poderia, sim, brigar de igual para igual com o show da diva pop Beyoncé.

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