Eleições 2014

Candidatos ao Buriti respondem questões sobre corrupção e transparência

No terceiro dia da parceria entre o Correio Braziliense e a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Brasília, a pergunta para Rodrigo Rollemberg e Jofran Frejat é sobre política e ética: qual será a tolerância com a corrupção e até onde vai a transparência?

postado em 20/10/2014 07:15
Manifestantes exibem faixa na Praça dos Três Poderes, em frente ao Congresso, pedindo que a Lei da Ficha Limpa valesse já nas eleições deste ano

A seis dias da votação que vai decidir quem será o próximo governador do DF, a parceria entre o Correio Braziliense e a Comissão Justiça e Paz da Arquidiciocese de Brasília também entra na reta final. Desde o sábado, o jornal publica perguntas feitas a partir de estudos e colaborações obtidas com a instituição católica desde o ano passado. Nos últimos três dias da série de perguntas feitas a Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat (PR), as questões serão sobre política.

O amplo assunto é esmiuçado a partir de três temas. Na edição de hoje, a pergunta gira em torno de corrupção e transparência. Desde que a Lei da Ficha Limpa entrou em vigor, assim como a Lei da Transparência, os governos e os candidatos tiveram que mudar as relações com aliados e eleitores. Afinal, principalmente no que diz respeito aos políticos com nome sujo, a população teve papel fundamental, uma vez que a iniciativa da legislação partiu de um abaixo-assinado popular.



Amanhã, a questão da Câmara Legislativa e os apoios para aprovação de projetos vão ser o objeto de questionamentos para os concorrentes. Na quarta-feira, é a vez da entrada de aspectos morais nas agendas legislativa, governamental e social. ;No momento eleitoral que vivemos, a informação se realiza como direito da cidadania e expressão da política como dimensão pública da caridade;, diz o documento redigido pelos integrantes da Comissão Justiça e Paz, na justificativa da parceria entre o Correio e o órgão da Arquidiocese ; que conta com 12 leigos e dois sacerdotes e nomes como os dos padres José Ernanne Pinheiro e Thierry Linard de Guertechin e do ex-reitor da Universidade de Brasília José Geraldo de Sousa Junior. O objetivo principal, segundo o colegiado, é fazer com que os eleitores leiam as respostas de Rollemberg e Frejat e escolham qual candidato seria o melhor para o Distrito Federal.

A PERGUNTA DA ARQUIDIOCESE: DIÁLOGO COM A SOCIEDADE CIVIL E TRANSPARÊNCIA

Como o seu governo vai intensificar e qualificar as relações com a sociedade civil e que métodos, instrumentos e processos de transparência vai adotar com esse objetivo, incluindo o controle, o combate à corrupção e a vedação contida no artigo 19, parágrafo 8; da Lei Orgânica do Distrito Federal e a legislação regulamentadora relativa à nomeação para cargos daqueles que não têm ficha limpa?
RODRIGO ROLLEMBERG
Candidato pelo PSB
Teremos, como prioridade, modernizar a gestão do Governo do Distrito Federal. Para combater a burocracia e a corrupção, vamos garantir o controle social das ações do Estado. Vamos instituir um Conselho de Transparência formado exclusivamente por organizações da sociedade civil, com autonomia para fiscalizar o governo. Daremos acesso ao orçamento do GDF para todos os cidadãos e instalaremos grandes painéis em pontos de maior concentração de pessoas, como se fossem Diários Oficiais populares, que trazem informações sobre os custos das obras, as empresas contratadas e os serviços que devem ser prestados. As carreiras de Estado vão ser valorizadas, com o corte de 60% dos servidores comissionados contratados sem concurso. E todas as contratações feitas para cargos públicos, durante a minha gestão, seguirão os requisitos da legislação vigente. Também realizaremos eleições diretas para a escolha dos administradores regionais, que deverão morar nas cidades que administram.
No terceiro dia da parceria entre o Correio Braziliense e a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Brasília, a pergunta para Rodrigo Rollemberg e Jofran Frejat é sobre política e ética: qual será a tolerância com a corrupção e até onde vai a transparência?
"Para combater a burocracia e a corrupção, vamos garantir o controle social das ações do Estado. Vamos instituir um Conselho de Transparência formado exclusivamente por organizações da sociedade civil, com autonomia para fiscalizar o governo"
Rodrigo Rollemberg
JOFRAN frejat
Candidato pelo PR
Minha vida no exercício da medicina, na atuação parlamentar na Câmara Federal, como secretário de Saúde por quatro vezes, como secretário executivo e ministro interino da Previdência, credencia-me a dizer que, em tempo algum, desrespeitei as leis do meu país. Posso até discordar de algumas e trabalhar pela alteração, mas, enquanto vigentes, a elas me submeto, tendo, no entanto, a coragem de assumir postura coerente para não segui-las quando ;contrárias às exigências da ordem moral, aos direitos fundamentais das pessoas ou aos ensinamentos do Evangelho;. Definidos esses limites, cumprirei a lei e formarei uma equipe de governo com homens e mulheres íntegros e competentes. O presente século terá três importantes marcos referenciais: uso constante de indicadores de performance e de eficiência gerencial para as demandas apresentadas pela sociedade; maiores cuidados com a sustentabilidade ambiental e com a mobilidade humana; a transparência governamental. A transparência será efetiva e com informações técnicas e gerenciais para permitir o acesso da maior parcela da população, em tempo real.
No terceiro dia da parceria entre o Correio Braziliense e a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Brasília, a pergunta para Rodrigo Rollemberg e Jofran Frejat é sobre política e ética: qual será a tolerância com a corrupção e até onde vai a transparência?
"O presente século terá três importantes marcos referenciais: uso constante de indicadores de performance e de eficiência gerencial para as demandas apresentadas pela sociedade; maiores cuidados com a sustentabilidade ambiental e com a mobilidade humana; a transparência governamental"
Jofran Frejat

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