Haiti

Brasil prepara pacote de medidas para o Haiti

postado em 03/02/2010 13:05
O Brasil está elaborando um pacote de medidas com projetos a serem implementados no Haiti. O pacote inclui, por exemplo, construção de casas populares com materiais do país e coleta e aproveitamento de lixo. O anúncio do pacote será feito pelo presidente Lula em visita ao país, atingido pelo terremoto no dia 12 de janeiro. A previsão é de que a viagem seja no dia 25 de fevereiro. "Nossa filosofia é de que nós estamos lá para ajudar os haitianos a resolver os seus problemas. Nós não estamos lá para resolver os problemas dos haitianos", disse o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Armando Felix, coordenador do Gabinete de Crise, instalado desde a catástrofe no Haiti. [SAIBAMAIS]De acordo com o embaixador Antônio Simões, subsecretário-geral de América do Sul, outros países também estão elaborando pacotes de ajuda ao Haiti. Como exemplo, o embaixador citou Estados Unicos, Canadá e União Europeia. Simões afirmou ainda que alguns projetos brasileiros poderão ser realizados em parceria com os demais países. A prioridade, segundo ele, será a criação de frentes de trabalho no Haiti, como forma de mobilizar as pessoas e gerar renda. Em janeiro, ministros de diversos países se reuniram em Montreal, no Canadá, para organizar doações internacionais ao Haiti. Uma nova rodada será realizada em Nova York, no início de março. Balanço O ministro Armando Felix fez um balanço dos 20 dias de funcionamento do gabinete de crise. Segundo ele, até o momento foram realizados 60 voos ao Haiti pela Força Aérea Brasileira (FAB). Foram enviadas 56 toneladas de água, 225 toneladas de medicamento e 600 toneladas de alimentos. Além disso, um navio já foi enviado para o Haiti e outro deve sair na segunda quinzena de fevereiro. "Dessa vez temos a oportunidade de uma ação mais duradoura. Pelo menos da parte do Brasil, desde a decisão de participar da Minustah em 2004, tem se preocupado em ajudar muito o Haiti", afirmou o general Felix. O comandante do GSI, no entanto, disse que "o momento mais crucial já passou e que agora a ação é de recuperação da estrutura no país".

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