Meios de pagamento

Pagamentos digitais, sem envolver dinheiro físico, cresceram 10,1%

Em todo o mundo, foram 426,3 bilhões de transações; tomando-se a população de 7,2 bilhões de habitantes no planeta, cada indivíduo teria usado, em média, um cartão por ao menos 59,2 vezes

Azelma Rodrigues - Especial para o Correio
postado em 05/12/2016 20:15
Máquina de pagamento em cartão: pagamentos sem dinheiro físico cresceram 10,1%
Os volumes globais de operações de pagamento digitais, sem envolver dinheiro físico, registraram crescimento de 10,1% no ano passado, em relação a 2014. Em todo o mundo, foram 426,3 bilhões de transações. Tomando-se a população de 7,2 bilhões de habitantes no planeta, cada indivíduo teria usado, em média, um cartão por ao menos 59,2 vezes.

[SAIBAMAIS]Estudo da consultoria Capgemini, sob encomenda do Banco BNP Paribas, aponta que o maior incremento no uso dos meios eletrônicos ocorreu na Ásia, especialmente na China e na Índia, com salto de 31,9%. Estados Unidos, Canadá e México registraram aumento médio de 5,1% nas transações, ante alta de 4,2% no ano anterior. Na Europa, o incremento foi de 6%.

Também na América Latina, os meios eletrônicos de pagamento dominaram a cena, com aumento de 9,3% nas operações. Tal comportamento é atribuído a diversos fatores, entre eles, os investimentos da indústria de cartões em tecnologia e segurança. E, claro, ao aumento da renda e à inclusão de milhões de pessoas no mercado de consumo.

Ranking

No ranking por países, a liderança está com os Estados Unidos, com 130 bilhões de transações com cartões e outras formas de pagamento sem uso direto de moeda física. O Brasil está na lista dos 10 maiores, em terceiro lugar, tendo registrado 28,7 bilhões de transações. A Europa, em conjunto, registrou 65,4 bilhões de pagamentos eletrônicos.

Para Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e diretor da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), diante desse crescimento vertiginoso dos meios eletrônicos de pagamento, o momento exige uma ação mais forte do Estado para que sejam regulamentados. Ele não fala em tabelamento de taxas ou juros. ;O que queremos é uma relação mais justa entre o varejo e as empresas que atuam no mercado de cartões;, diz.

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