Pensar Brasilia

Procura por financiamento de empresários e produtores requer mais recursos

postado em 28/11/2012 07:56
O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) já esgotou os recursos disponíveis para 2012 antes mesmo do encerramento do ano. Os R$ 5,5 bilhões previstos foram contratados até o fim do mês passado. No entanto, a procura por financiamentos de empresários e de produtores particulares continua tão alta que levou a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), que administra o fundo, a buscar mais recursos no Ministério da Fazenda. Segundo estimativas da superintendência, será necessário o aporte de mais R$ 1,2 bilhão para atender a demanda extra.

A maior parte dos pedidos feitos aos operadores (bancos públicos e privados) vem de Goiás e de Mato Grosso (valor entre R$ 800 milhões e R$ 900 milhões), especialmente para o setor agrícola. Caso seja disponibilizado, o dinheiro vai reforçar a safra. Mas também há solicitações da área de comércio e serviços, característicos da capital federal. Criado em 1989, o fundo serve para financiar atividades privadas principalmente nos setores de agropecuária, indústria e comércio e serviços.

O presidente da Sudeco, Marcelo Dourado, esteve ontem com o Secretário-Executivo da Fazenda, Nelson Henrique Barbosa Filho, e expôs a situação. ;Eu diria que é um problema agradável, já que indica que o Centro-Oeste está produzindo. E é justamente isso que o governo deseja, o incentivo do poder público à produção do setor privado;, explicou.

O problema é que o dinheiro do fundo vem de tributos federais (Imposto Sobre Produtos Industrializados e Imposto de Renda) e o teto já está estourado para 2012. Foi justamente essa explicação que Dourado ouviu no Ministério da Fazenda. ;Solicitei a criação de linhas alternativas para atender essa demanda e não prejudicar o setor produtivo e empresarial do Centro-Oeste;, salientou. O Ministério da Fazenda pediu prazo de cinco dias para analisar o pedido e dar uma resposta. A solicitação foi feita pelos próprios governadores do Distrito Federal, de Goiás, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

;Mas a nossa expectativa é que a questão seja solucionada ainda este ano para não gerar demanda extra nos primeiros meses do próximo ano.; Caso o Ministério da Fazenda não encontre alternativa, Marcelo Dourado explica que toda a demanda terá de ser repassada para o início de 2013, quando as linhas serão reabertas.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação