Pensar Brasilia

Última edição do Pensar Brasília debate como atrair mais empresas para o DF

postado em 29/11/2012 10:38

O Governo do Distrito Federal vai investir na atração de novas indústrias para dinamizar a economia local nos próximos anos. O plano foi anunciado ontem pelo secretário de Desenvolvimento do Distrito Federal, Cristiano Araújo, na abertura da última etapa do Seminário Pensar Brasília. ;No momento realizamos uma série de levantamentos para descobrir a vocação de cada uma das cidades;, destacou. ;A princípio, vamos investir na atração de empresas de eletrônica e química, que serão instaladas nos polos JK e Digital.;

Araújo foi um dos debatedores da quinta e última edição do projeto, realizado pelo grupo Diários Associados ; evento que também contou com a presença de Patrick Maurice Maury, doutor em ciências econômicas e sociais para a América Latina pela Universidade de Paris; e da arquiteta Karla Figueiredo, diretora de Responsabilidade Social da Associação de Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi).

O encontro ocorreu no auditório Hipólito José da Costa, no prédio do Correio Braziliense, e foi mediado pelo editor executivo do jornal, Carlos Alexandre. A iniciativa do Pensar Brasília foi encontrar alternativas para o futuro da capital brasileira. Na quinta edição, o debate tratou da questão do desenvolvimento econômico. Já foram analisadas as áreas de transporte, educação, habitação e sustentabilidade.

;O Banco de Brasília precisa deixar de ser apenas a fonte pagadora do funcionalismo distrital para assumir um papel mais atuante na promoção do desenvolvimento do DF;, afirmou o secretário. Para ele, oferecer apenas incentivos fiscais não basta. ;Os empresários querem regras fixas e segurança para investir;, afirmou. ;Nesta semana, graças às políticas que desenvolvemos, atraímos uma empresa farmacêutica para o Polo JK. O montante será de R$ 85 milhões, com geração de 500 empregos.;

Na opinião do titular da pasta do Desenvolvimento, Brasília apresenta fortes atrativos para novas indústrias. A mão de obra é extremamente qualificada e temos a maior renda do país. ;Concentramos a mais alta relação de mestres e doutores do país;, destacou. ;A nossa mão de obra ativa é maior, proporcionalmente, que a da Europa. Isso se traduz em um consumo extremamente sofisticado, como comprova a existência de 17 shoppings em todo o DF.;

Araújo lembrou que Brasília possui a terceira frota náutica do país, acima de capitais localizadas no litoral, como Florianópolis e Salvador. ;É óbvio que um nível de consumo tão elevado torna atrativo produzir aqui;, acentuou. ;Por isso realizamos um levantamento das potencialidades de cada cidade do Distrito Federal.;

Uma das possibilidades de negócio é a Cidade Aeroportuária, a ser construída na Região de Planaltina. Setenta por certo da área, destinada à logística de carga, já foram desapropriados. O objetivo é criar um novo polo de desenvolvimento.

Além disso, uma região destinada à instalação de novas empresas também foi aberta ao lado do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. ;Como é um dos poucos terminais do Brasil com duas pistas de pouso, oferece uma enorme vantagem competitiva;, destacou o secretário. ;É só lembrar os dois dias de fechamento de Viracopos, em Campinas (SP), quando um avião cargueiro se acidentou por um problema no trem de pouso.;

Por fim , o secretário de Desenvolvimento alertou para as possibilidades disponíveis para Brasília por meio do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), que saltarão de R$ 1,5 bilhão neste ano para R$ 3 bilhões em 2013.

Competição
Cristiano Araújo reconheceu a forte competição com Goiás na tentativa de atrair empresas de grande porte. ;Visitei Anápolis recentemente e fiquei impressionado com a área destinada à Hyundai;, admitiu. ;Lá, o processo decisivo é extremamente veloz. O governador Marconi Perillo mandou o projeto de lei em uma semana e, na outra, já fora aprovado pela Assembleia Legislativa.;

Vantagens competitivas
; O DF tem 2,6 milhões de habitantes e PIB per capita de R$ 50 mil/ano.

; A capital conta com 6.840 doutores e 13 mil mestres, uma média de 280 doutores para cada 100 mil habitantes, a maior do país.

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