Ser Sustentável

Maior marcha climática da história

Brasil participa neste domingo do maior protesto contras as mudanças climáticas já organizado na história do planeta. Organizações pedem que líderes de Estado parem de prometer e comecem a agir

postado em 22/09/2014 16:44

Brasil participa neste domingo do maior protesto contras as mudanças climáticas já organizado na história do planeta. Organizações pedem que líderes de Estado parem de prometer e comecem a agir

No próximo dia 21 o mundo vai parar. E por uma boa causa. As mudanças climáticas, que afetam cada vez mais o dia a dia do planeta, serão alvo no próximo domingo de protestos em 133 países, incluindo o Brasil.

Com mais de 200 organizações ambientalistas e sociais envolvidas, os protestos vão pedir a chefes de Estado que parem de falar e comecem a agir contra as mudanças climáticas. Tanto esforço é para chamar a atenção do secretário geral da ONU Ban Ki Moon, que convocou para o dia 23 de setembro cúpula que reunirã presidentes e parlamentares de 160 países para discutir o rumo das políticas internacionais em relação ao clima.

Por este motivo o principal evento acontecerá nas ruas de Nova Iorque. De acordo com os organizadores, entre eles 350.org, Avaaz, Anistia Internacional e Greenpeace, a expectativa é que a mobilização em Nova Iorque reúna 150 mil pessoas. Ao redor do mundo são esperadas mais de 1 milhão de pessoas. "Será a maior marcgha climática da história", afirma NIcole Oliveira, da campanha da 350.org no Brasil. "Os líderes de Estado precisam entender que não podemos mais discutir o assunto na esfera política, precisamos partir para o ação. E urgente, antes que a situação saia do controle e as mudanças climáticas cheguem a patamares ireversíveis", afirma.

Brasil
O Brasil também está inserido no movimento global e o cenário escolhido foi o Rio de Janeiro. No mesmo dia 21 às 10h30 está marcado o início da marcha brasileira, que terá ponto de partida no posto 8 da praia de Ipanema. "Quando os líderes políticos perceberem que esse é um assunto caro aos brasileiros, certamente o trarão para a agenda prioritária da política", explica Michael Mohallem, coordenador de campanha da Avaaz no Brasil.

Brasil participa neste domingo do maior protesto contras as mudanças climáticas já organizado na história do planeta. Organizações pedem que líderes de Estado parem de prometer e comecem a agir

Fernando Meirelles, Dira Paes, Sérgio Marone, Caetano Veloso, Rodrigo Santoro, Marcos Palmeira e Caio Blat são algumas das celebridades brasileiras que estão apoiando o dia de ação global. Famosos conhecidos em todo o mundo como Lionel Messi, Kristin Bauer, Susan Sarandon e Omar Sy também fazem parte do time de estrelas que apoiam a causa. "É uma união global em prol de um problema silencioso que causa grandes desastres como secas, deslizamentos, tornados, enchentes. Temos que abrir os olhos para o problema e será por meio do protesto", conta Nicole Oliveira, porta voz da 350.org, organização ativista de combate às mudanças climáticas.

Caminho sem volta
Cientistas de todo o mundo concordam que o limite aceitável de gases de efeito estufa na atmosfera deveria ser de 350 partículas por milhão. Mas já faz algum tempo que passamos o teto. Hoje o planeta sufoca e os índices passam das 390 partículas pore milhão.

Apesar de alguns cientistas acharem que o quadro é irreversível, a batalha agora é para reverter esse cenário e tentar alcançar novamente os 350 ppm. Mas alguns estudiosos acreditam que esse é um caminho sem volta. "A quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera é tão grande nesse momento que estamos chegando a um ponto sem volta. Por isso o combate às mudanças climáticas é sem dúvida o grande desafio da nossa era", afirma Nicole.

No Brasil o grande vilão do clima é o agronegócio. Dados do Observatório do Clima apontam que 59% das emissões de gases de efeito estufa vêm do agronegócio. "Esse é um sinal claro que devemos mudar nosso modelo de desenvolvimento econômico e social", explica.

A Organização das Nações Unidas compartilha da mesma opinião. Tanto é que elegeu 2014 como o ano da agricultura familiar. Para a organziação, a saída para problemas climáticos e sociais é a mudança na forma de produzir alimentos no mundo. "É uma forma menos agressiva de desenvolvimento. O desmatamento é mínimo e a criação de postos de trabalho é imensa, já que o pequneo agricultor emprega familiares e conhecidos, ao contrário do latinfundiário, grande responsável pelo desmatamento e pelas mduanças climáticas no país", finaliza Nicole.

Para saber mais:

Marcha no Rio - http://goo.gl/cH2UZ5
Marcha em Nova Iorque - http://peoplesclimate.org/pt

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