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Diferença acima de 1.770%

Pesquisa do Procon em 14 estabelecimentos comerciais mostra que o custo total da lista de material escolar tem variação de até 72,87%. Quando a comparação se dá entre os itens separadamente, a disparidade é assustadora

postado em 17/01/2014 12:28

Pesquisa do Procon em 14 estabelecimentos comerciais mostra que o custo total da lista de material escolar tem variação de até 72,87%. Quando a comparação se dá entre os itens separadamente, a disparidade é assustadoraA três dias do início das aulas em algumas instituições particulares e a 19 para o começo do ano letivo na rede pública, o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF) divulgou uma pesquisa com os preços dos materiais escolares. O estudo mostra que a diferença no valor total da relação de materiais pode chegar a 72,87%, dependendo da papelaria. O percentual aumenta ainda mais quando a comparação é entre itens. Um estojo com dois lápis de escrever, uma borracha e um apontador tem variação de até 1.770,73%. Ao tod,o foram avaliados os preços de 27 produtos. A dica para os pais é pesquisar. Quem deixou para última hora pode pagar mais caro.


[SAIBAMAIS]O Procon-DF fez a pesquisa em 14 estabelecimentos comerciais. A sondagem mostrou que um rolo de fita adesiva colorida pode custar R$ 0,30 em um local e R$ 3,40 em outro. Um vidro de tinta acrílica para artesanato pode variar de R$ 1,80 a R$ 10,74 (Veja lista completa no Blog do Consumidor: http://www.dzai.com.br/blogconsumidor/blog/blogconsumidor). ;Os fiscais foram em diferentes regiões ; Plano Piloto, Taguatinga, Ceilândia e Sobradinho ; para auxiliar o consumidor. Às vezes, os pais trabalham tanto que não têm tempo de comparar. Para não ficarem pulando de um local para o outro, podem analisar qual preço final vale mais pena;, afirmou o diretor-geral do Procon-DF, Todi Moreno.

É o caso da bancária Luciana Andrade, 36 anos. Ela saiu, ontem, no horário do almoço, para comprar os produtos solicitados pela escola da filha de 7 anos, Gabriela. ;Percebi que deixar para última hora sai mais caro. Existem diferenças até entre cadernos da mesma marca. Eles têm um valor maior somente por causa do desenho da capa;, disse. Ontem, Luciana gastou R$ 790 e ainda não saiu da papelaria com tudo o que precisava para o início das atividades da filha, no 2; ano do ensino fundamental. ;Faltaram oito livros, e não têm em outras papelarias. Vamos ter que esperar chegar;, lamentou. Com isso, o orçamento deve subir para R$ 1 mil.

A bancária percebeu uma diferença nos materiais de uso coletivo. Para ela, este ano, foi mais fácil identificar quais os itens solicitados serão utilizados. Mérito da escola em que bancária matriculou a filha, pois em outros estabelecimentos o desrespeito à legislação vigente tem sido constante. ;Elas não divulgam o plano de execução e ainda pedem materiais como cola quente para estudantes da educação infantil. Eles não vão usar isso. Os pais devem cortar os excessos, principalmente se não tiver uma explicação plausível;, orienta o presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa), Luis Claudio Megiorin.

Proibições

A legislação proíbe as escolas de pedirem material de uso coletivo. A Lei Distrital n; 4.311, de 9 de fevereiro de 2009, estabelece que os materiais pedidos na lista devem ser de uso individual e a sobra deve ser devolvida ao aluno matriculado. A norma determina ainda que as instituições de ensino da rede privada divulguem plano de execução ou de utilização dos materiais estabelecidos na referida relação. A Lei Federal n; 12.866/2013 tem o mesmo teor e veda a cobrança de material coletivo pelas escolas.

Veja algumas variações

Pesquisa do Procon em 14 estabelecimentos comerciais mostra que o custo total da lista de material escolar tem variação de até 72,87%. Quando a comparação se dá entre os itens separadamente, a disparidade é assustadora

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